O erro desta decisão jogou gasolina na fogueira, justamente num ano eleitoral. É imperdoável. Tanto assim, que o governo federal entrou em campo. Vejam a matéria abaixo, publicada na UOL. Político profissional não pode, em nenhuma hipótese, dar um presente desta magnitude ao adversário. É pedir para perder.
Reintegração em SP "atropelou negociações para saída pacífica", diz ministro
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse neste domingo que a ação de reintegração de posse da área invadida do Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de São Paulo), "atropelou" as negociações para a desocupação pacífica do local.
Responsável pela interlocução com os movimentos sociais, Carvalho afirmou que o Palácio do Planalto vinha acompanhando as conversas sobre a retirada das famílias da área e trabalhava para uma saída negociada, com a definição de uma nova região para abrigar as famílias.
Por lá, vivem cerca de 6.000 pessoas. O local é alvo de uma disputa entre os invasores e a massa falida de uma empresa, proprietária do terreno. No início da manhã, a Polícia Militar cumpriu a ordem judicial. O clima é tenso.
Por conta da ação, as famílias chegaram a bloquear a rodovia Dutra, próximo ao km 154 no sentido Rio de Janeiro, por volta das 13h30 de hoje.
Lucas Lacaz Ruiz/A13/Folhapress | ||
Tropa de Choque da PM entrou em confronto com moradores do Pinheirinho, em São José dos Campos (SP) |
Um dos assessores do ministro, inclusive, que estava no terreno, foi atingido com uma bala de borracha na perna.
Carvalho evitou fazer críticas à ação e ao governo de São Paulo, mas disse que o governo federal foi surpreendido com a desocupação ainda mais em um domingo. Ele afirmou que estranhou o fato de o prefeito de São José dos Campos, Eduardo Pedrosa Cury, ter desmarcado uma reunião sobre a invasão na última quinta-feira.
A presidente Dilma Rousseff foi avisada no início do dia dos problemas na desocupação. Ela pediu que além de Carvalho, os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Maria do Rosário (Secretaria de Direitos Humanos) acompanhassem os desdobramentos.
Cardoso teria telefonado para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e alertado sobre os riscos do uso da força policial. Na avaliação do governo, parte das famílias têm ligações com movimentos sociais mais radicais.
Para o governo, o uso da força era desnecessário, tendo em vista que a ocupação está consolidada há oito anos e que haviam discussões para uma solução para a retirada das famílias.
4 comentários:
Não é a mesma coisa da cracolândia? Agir antes para depois não deizer que o governo federal atropelou ( como parece que seria)? Acho que Alckmin está tentando resistir ao óbvio: o lulismo vai tomar São Paulo... mais pelas 'tucanadas' do que por virutde própria...
Que trapalhada. Nem acredito que o interesse pela área era o da massa falida.O Governo paulista reacionário do PSDB agiu no melhor modelo de rompança autoritária utilizando-se da violência para resolver uma questão social. Isso é um absurdo.
ALÉM DE DECADENTES SÃO DESPROVIDOS DE INTELIGÊNCIA... FORA PSDB.
Fiquem tranquilos, vão
cair que nem cairão em
minas daqui um tempo.
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