Conheço Mercadante desde minha época de estudante da PUC-SP. Ele era presidente da Apropuc justamente no período em que estive por lá (1980-1984). O que se comentava é que ele transitava muito por todas correntes de esquerda, mas não se definia por nenhuma. Ele e Peixe (outro professor de economia da PUC) faziam uma dupla bem popular.
Mas confesso que não consigo entender muito bem a presença dele no Ministério da Educação. Porque ele sempre desejou - e sempre foi barrado por Lula - ser expoente da área econômica do governo federal. Na educação, sua contribuição é muito inferior. E temo quando economista vira gestor da área educacional. Nos últimos tempos, se arvoram a monetarizar ou a vincular seus objetivos à formação para o mercado de trabalho. Uma pobreza de pensamento e falta de humildade. A verdade é que economista raramente entende de educação.
Daí minha dúvida. Porque Mercadante e Mantega não são, digamos, próximos. E Marta Suplicy sempre se candidatou ao ministério da educação.
Não há dúvidas que foi um presente e tanto para Mercadante. Mas não tenho a mesma certeza se foi para o Brasil. Espero que ele me surpreenda.
4 comentários:
Acho que, como educadora e brasileira, devo me preocupar!
Olá, Rudá. Acompanho seu blog - acho-o excelente - já há algum tempo e só hoje me arrisquei a comentar.
Não sou nada bom em análises políticas, mas talvez a intenção do PT seja dar visibilidade para o Mercadante (o MEC tem um orçamento considerável), como o PSDB havia feito como José Serra, à frente do Ministério da Saúde, no governo FHC.
Falei muita besteira?
Como educador, também me preocupa ver um economista comandando o MEC, pois penso que o problema educacional brasileiro não está na gestão financeira, mas sim na baixa participação dos educadores nas tomadas de decisão relativas às políticas educacionais.
Um abraço e parabéns pelo bom trabalho.
Quando li a notícia que Mercadante seria ( será) o novo Ministro da Educação, fiquei com aquela cara de "Jeca".
E como meus dois colegas educadores, também preocupado.
Me desculpe Rudá Guedes Ricci, mas neste país precisa-se entender do assunto para ter um cargo político??? Eu nunca gostei do Haddad! O que este ENEM que já nasceu falido traz de bom pra sociedade??? Sim ele deu mais chances da classe C ingressar no Ensino Superior. E como ficamos nós, que não somos de classe nenhuma, pois não podemos nos considerar "classe baixa" porque temos nível superior e casa própria, como também não podemos nos considera "classe média" pois não temos condições de bancar o Ensino Superior Particular para nossos filhos. Enfim, o que esse Haddad e tantos outros ministros têm de melhor que o Mercadante??? Novamente desculpe, agora a expressão: fica tudo uma merda, mudam-se só as moscas!!!
Rita Barroso
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