A Câmara Municipal de BH tem na presidência um burguês. Com o nome de bastimo, Léo Burguês (de segundo batismo, já que no primeiro ganhou o nome Leonardo Silveira de Castro Pires) já deveria estar preparado para a piada feita. Eu mesmo me preparei durante 49 anos para ouvir piadinhas sobre meu nome. Acaba que a gente se diverte. Rir de si é uma das dádivas que os humanos receberam.
Mas o jovem edil não aprendeu com a vida e procura decretar respeito. Acionou seu advogado para que a marchinha "Na coxinha da madrasta" fosse banida do território nacional, terráqueo e, se possível, do sistema solar. A marchinha, que o internauta acessa facilmente na internet, passa um pouco dos limites, com duplo sentido de gosto duvidoso. Mas é uma mera marchinha. A letra procura narrar o gasto de Burguês, em 2009, de 1.500 reais em lanches comprados na mercearia de sua madrasta. Um gasto à altura de qualquer burguês.
A marchinha, agora, tem tudo para virar hit de carnaval. E outras marchinhas, imagino, serão feitas em homenagem ao representante da burguesia mineira.
O fato político, contudo, é o ataque que Léo Burguês vem sofrendo. Até então, era o queridinho da imprensa, do Prefeito e da juventude burguesa da capital mineira. De uma hora para outra, virou alvo preferencial de 11 entre 10 moradores de BH. Algo não bate. Ao menos que seja público.
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