Se tem algo que me diverte é o humor ingênuo do homem do campo. Quando fui assessor da CUT Nacional, mais especificamente, do Departamento Nacional de Trabalhadores Rurais, chegava a me surprender a dimensão desta ingenuidade, quase casta.
Neste início do ano, ouvi vários "causos" mineiros no sul do Estado.
Vou reproduzir um deles.
Um rapaz estava saindo de casa quando o padre pediu para ele pegar algumas mandiocas na roça. Pedido de padre é ordem. Foi contrariado, mas foi. E tentou com uma mão só. Nada. Com as duas. Nada. Aí tirou a camisa e puxou com toda a força. E nada. Logo chegou o vizinho, o Foicinha, que tinha este apelido porque quebrou o pé e o médico "colou" errado, colocando o pé para fora. Foicinha ria. Até que o amigo desafiou. E lá foi o Foicinha.Com uma mão. Com duas, com três... Ficou irritado e chamou o amigo para ajudar. Nada. Nem cisco. Aí, colocaram um boi para puxar. Dois, três. Até que a mandioca começou a ceder. E foi saindo, aos poucos. Tudo estava ótimo até que ouviram um barulhão, lá na frente. Dois morros adiante. Os dois olharam, apertaram os olhos para enxergar melhor. E não é que enquanto os bois puxavam, lá na frente a casa do Foicinha ia afundando?
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