Hoje começou o julgamento de Ilich Ramírez Sánchez (na foto, em 2000), o guerrilheiro conhecido como Carlos, o Chacal. Esta sendo julgado por quatro atentados que, há 30 anos, deixaram 11 mortos e 150 feridos na França. Em 1994 foi capturado em Cartum, no Sudão. Está com 62 anos. No tribunal, surpreendentemente, saudou alguns apoiadores com o punho fechado, símbolo da revolução e resistência de esquerda.
Embora conhecido por exagerar nas cifras, em entrevista publicada domingo por um jornal venezuelano, Ilích afirmou que foi autor de mais de 100 ataques que teriam sacrificado entre 1,5 mil e 2 mil pessoas.
O Chacal é filho de um advogado marxista (daí seu nome, uma homenagem a Lênin). Na Jordânia recebeu treinamento e teve seu primeiro contato com a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP). A alcunha "Carlos" quando passou a integrar as operações da FPLP e a realizar atentados contra alvos ligados a Israel. Anexou Chacal por ter sido assim apelidado pela polícia britânica que, ao revistar um de seus esconderijos, encontrou um exemplar do livro "O dia do Chacal", do inglês Frederick Forsyth.
Eu li o livro de Forsyth na adolescência. Lembro que não conseguia parar e cheguei a ler no banheiro, de madrugada, para que meus pais não percebessem e me mandassem dormir.
A história de ilìch é tão fantástica quanto o livro. E respinga no Brasil. Antonio Expedito Perera, que foi "embaixador" da VPR na Europa acabou por se envolver com o Chacal. Expedito foi dado como morto por duas vezes, mas teria realmente falecido em 1996, na Itália, vítima de câncer. A história do brasileiro foi contada no livro "O homem que morreu três vezes" escrito por Fernando Molica.
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