segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sobre autismo

Outro dia postei um artigo que Pierre Levy divulgava pela internet a respeito do trabalhador autista. Achei o artigo perigoso e postei no blog, com o título "o melhor trabalhador é o autista?". A pergunta era questionamento no duplo sentido. Mas confesso que fui sutil em demasia. Deveria ter sido mais claro. Tanto que recebi observação de Nilton Salvador, a respeito.
Não imaginei maneira mais correta de corrigir, ou esclarecer, que reproduzir a mensagem de Nilton. Lá vai:

A maior preocupação dos pais de autistas, como é o meu caso, além da síndrome ainda desconhecida cerca de 70 anos da sua descrição, embora com uma imensidade de definições, quanto autores, é o "preconceito". Daí, a "ruindade e o perigo" da matéria divulgada pelo Pierre Levy, que começa pecando pelo título e por ser ele quem é, fez um julgamento prévio negativo de pessoas estigmatizadas por estereótipos, e como suas opiniões sempre têm profundo significado, poderá gerar mais uma polêmica, junto a pessoas menos informadas, que fatalmente levará o dotado da síndrome e seus responsáveis amargarem mais sofrimentos desnecessários. O Autista é considerado alienado e desprovido de sentimentos até pelas Neurociências, por isso suas relações afetivas não são consideradas boas, já que tem preferência pela solidão. Levy ouso dizer, desconhece a multiplicidade que faz com que cada autista seja único, pois não há fórmula pronta para tratamento da síndrome e cada família encontra caminhos e estratégias para alcançar o seu desenvolvimento e a sua integração na sociedade, que não seja pelo trabalho “mecânico” implantado na empresa dinamarquesa, necessariamente. 

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