Aécio começou sua caravana. Depois de Lula, expediente também utilizado recentemente por Jorge Castañeda, ex-chanceler do México, foi a vez de Aécio Neves iniciar um périplo pelo país. E começou pelo sul, onde José Serra teve sua melhor performance eleitoral no ano passado. Mas onde Tarso Genro governa. Em dezembro, parte para o nordeste, região onde encontra mais dificuldades para criar raízes.
Começou com um ato político que contou com presença de quatro partidos: PMDB, PP, PPS e DEM, além dos tucanos. Aécio festejou a presença da senadora Ana Amélia Lemos (PP), dizendo que o Rio Grande do Sul brindou o país com sua eleição.
O senador mineiro subiu o tom da disputa. Em seu discurso mais ofensivo, Aécio afirmou que o PT não inova (sugerindo cópia das inovações realizadas anteriormente pelos tucanos) e criticou a política do governo federal, apoiada em alta dos juros, baixos investimentos públicos e desindustrialização. Muito próximo do discurso que Paulinho da Força proferiu ontem em Belo Horizonte (com a exceção que Paulinho inclui a agenda sindical: crítica à terceirização e ao fator previdenciário e defesa da jornada de 40 horas que, segundo o deputado, não é uma luta de verdade e sabem que esta proposta não será implementada em momento de crise internacional).
Aécio insistiu que as políticas de transferência de renda tiveram início com FHC. E destacou a lei de responsabilidade fiscal como mais uma inovação dos tucanos. Defendeu a meritrocacia na gestão pública e as privatizações.
Enfim, enquanto agressão, o senador mineiro acertou. Mas como agenda positiva, ainda patina. Continua disputando uma agenda que a população brasileira não valoriza ou, naquilo que aprova, vincula diretamente ao governo Lula.
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