Para a ministra, a base de dados utilizada pelo PNUD é de 2006, anterior às mudanças sociais mais profundas que o Brasil teria sofrido recentemente.
A principal crítica seria o Índice de Pobreza Multidimensional (IPM). O índice considera privações em dez indicadores, como nutrição, acesso à água potável, saneamento, acesso à energia e anos mínimos de escolaridade. É considerado multidimensionalmente pobre o indivíduo privado de, pelo menos, um terço dos indicadores. Segundo o Pnud, 2,7% da população brasileira, cerca de 5 milhões de pessoas, estão incluídos nesse tipo de pobreza.
Sobre o IPM
O Índice de Pobreza Multidimensional tem como objetivo fornecer um retrato mais amplo sobre as pessoas que vivem com dificuldades. O IPM aponta privações em educação, saúde e padrão de vida – as mesmas dimensões do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e pode ajudar a canalizar os recursos para o desenvolvimento de forma mais eficaz. Reunidos, esses itens proporcionam um retrato mais completo de pobreza do que simples indicadores de renda. Lançado pelo PNUD em conjunto com o centro de pesquisas The Oxford Poverty and Human Development Initiative (OPHI), o IPM integra a 20ª edição do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), divulgado nesta quinta-feira em Nova York. O novo indicador, que compreende o período 2000-2008, substitui o Índice de Pobreza Humana (IPH), incluído anualmente nas edições do RDH desde 1997.
As três dimensões do IPM se subdividem em dez indicadores: nutrição e mortalidade infantil (saúde); anos de escolaridade e crianças matriculadas (educação); gás de cozinha, sanitários, água, eletricidade, pavimento e bens domésticos (padrões de vida). Uma família é multidimensionalmente pobre se sofre privações em, pelo menos, 30% dos indicadores (cada divisão vale um terço; estes pesos são divididos proporcionalmente pelo número de indicadores analisados em cada uma delas).
Quanto maior o IPM, maior é o nível de pobreza multidimensional entre os 104 países avaliados. O Brasil aparece com 0,039, mesmo número apresentado pela Turquia. Imediatamente abaixo estão Colômbia (0,041), Suriname (0,044) e República Dominicana (0,048). Logo acima encontram-se Estônia (0,026), Egito (0,026) e Belize (0,024).
Um comentário:
Absurdo! Com certeza Lula está certo. Muitos países usam dados mais novos. Brasil, foi um dos poucos países que usaram dados mais antigos. IDH de 2011 com dados de 2004? Absurdo! O Brasil já deveria estar com o IDH de 0.78, no grupo dos países com desenvolvimento muito alto, e com menos de um milhão de pessoas com pobreza absoluta. Mas se pegam dados velhos, complica. Espero que corrijam esse IDH ainda neste ano, ou no próximo, no IDH de 2012.
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