quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Marta Suplicy, a nova vítima do lulismo


A senadora Marta Suplicy é mais uma que cai diante da ofensiva lulista. A última tacada foi o pedido pesoal da presidente Dilma Rousseff para que desistisse da disputa municipal paulistana. Marta não é qualquer petista. É uma jamanta. 
Antes, o ministro Aloizio Mercadante já havia pressionado Marta. E começou, a partir daí, a operação "desidratando Marta". Haddad ganhou apoio de sete dos onze vereadores do PT na Câmara de São Paulo, além do respaldo das maiores correntes petistas na capital paulista - Novo Rumo e Construindo um Novo Brasil (CNB). 
Segundo o Terra, os demais pré-candidatos, o senador Eduardo Suplicy e os deputados federais Carlos Zarattini e Jilmar Tatto, precisam retirar também suas pré-candidaturas se o PT quiser evitar as prévias. Tatto e Zarattini têm a desistência como certa entre os dirigentes petistas. A dúvida fica em torno de Suplicy, que insiste na disputa. No entanto, mesmo se permanecer no páreo, as chances do senador vencer o ministro são quase nulas.
O lulismo tem vários interesses em jogo. Marta é excessivamente forte entre petistas paulistas, o que desagrada o núcleo duro de Lula em virtude de um possível crescimento a ponto de se tornar uma liderança incômoda. Marta, enfim, gera desconfiança nas hostes lulistas. Em segundo lugar, Lula pretende aumentar o cacife eleitoral em São Paulo, seu principal obstáculo eleitoral desde sua primeira eleição, em 1982. Aposta na imagem nova, um rosto novo, de ator global. Aposta que PMDB (com Chalita) e até então o PSDB (com Bruno Covas, agora às voltas com denúncias) também fazem. 

2 comentários:

Manuel disse...

Rudá, se eu não me engano, dois terços do diretório municipal podem cancelar as prévias.

paulosk partizan disse...

Rudá, acho que aí o pragmatismo ganhou. A Marta não tem chances de se eleger, está muito queimada entre os eleitores paulistanos, tanto que perdeu para um poste na última eleição. O Lula aposta em Haddad, na tentativa de, se não ganhar as eleições, ter um nome forte no futuro. Apesar que vi sua entrevista no Roda Viva, segunda-feira e não gostei muito.