quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Dilma pode entrar em zona de turbulência

O lucro líquido das empresas brasileiras (subtraindo as do mercado financeiro) cresceu 62% no primeiro trimestre. No segundo, caiu para 14%. O setor siderúrgico, por seu turno, fez despencar suas estimativas de alta de produção de aço neste ano: de 20% reavaliaram e reduziram para 10,5%.
Com este cenário, impactado pela crise européia e norte-americana, Dilma Rousseff começou a pressionar o Banco Central para reduzir a taxa SELIC. Ontem caiu 0,5%.
Mas haverá contrapartida: o governo federal já anunciou que reduzirá os gastos públicos, incluindo até mesmo o teto de gasto com folha de pagamento. Haverá reação.

5 comentários:

Molina com muita prosa & muitos versos disse...

Vivas para o Lord Keynes!

Melhores salários + menos juros + investimentos em educação e pesquisa + maiores e melhores políticas distributivas + incentivos a micro, pequena e média empresa, grandes geradoras de empregos (urbana e rural) + produção industrial (agregar valores)+ menos impostos + maior poder interventor fiscalizador por parte do estado no mercado= fortalecimento do mercado interno e maior competitividade no mercado externo

Abaixo a ortodoxia!

Rudá Ricci disse...

Molina,
Então, Dilma é keynesiana? Que coisa. E o modelo de gestão que ela adota é o que? Nova Gestão Pública, caro. Não tem nada de Keynes.
Mas cada um acredita no que quer.

Molina com muita prosa & muitos versos disse...

O que postei é uma ironia, é tudo o que deveriam fazer e não fazem.

Tenho a máxima certeza que o governo Dilma é neoliberal, e que embora adote algumas posições heterodoxas no fundo, tal qual o Lula o fez ao seguir a "receita" do FHC, adota na macro economia as Deliberações do Consenso de Washington, e até de uma forma mais radicalizada.

A política econômica deste governo não vai além, e chega a ser pior, da do desenvolvimento industrial dependente proposta pelo Golbery no final da década de 50 e colocada em prática após 64. Continuamos a cada dia mais sendo o paraíso dos banqueiros especuladores e das montadoras multinacionais. Se depender desta frente que está no governo o centro da nossa economia perante o mercado internacional continuará sendo o extrativismo dos recursos naturais e a exportação de commodities agrícolas, tudo tão ao gosto dos interesses empresariais das super-potências que nos querem eternamente como meros fornecedores de matérias primas.

A nossa relação perante a política rapineira do neoliberalismo, ao contrário da forma ativa de relacionamento de mercado adotada pela China, Rússia e Índia, é totalmente passiva.

Com este grupo instalado no poder, sob o controle do oligarca patrimonialista Sarney, porta voz e capataz do Clube de Roma, continuamos não tendo um projeto estratégico de desenvolvimento soberano!

Agora, com as últimas medidas recessivas, cortaram ainda mais o orçamento para a Saúde e a Educação e só não cortaram os recursos para o setor da habitação por não quererem "magoar" aos amigos empreiteiros.

"Viva o paraíso" para os banqueiros especuladores, multinacionais, empreiteiros e os exportadores de matérias primas!!!

mora disse...

Turbulência econônomica e tsunami na educação. O Ministro Fernando Haddad considerou normal a contratação de "professores" sem formação acadêmica para substituírem os docentes em GREVE nas Minas Gerais. Não bastasse isso, em encontro com o desgovernador mineiro, a paralisação que está beirando 90 dias nem foi colocada na pauta, sendo que a mesma (GREVE) é fruto da não aplicação de uma Lei Federal que leva a assinatura de Haddad. Aliás, caro Rudá, gostaria de fazer a seguinte indagação: é sabido que o subsídio foi desprezado pelo professorado mineiro. Sendo assim, como professor, o que você pensa sobre a "nova" forma "criativa" encontrada pelo desgoverno de MG para fingir que paga o PISO, após a publicação do Acórdão do STF???
Profissional com apenas nível médio de formação deve receber o mesmo que um professor com pós graduação???

Álvaro disse...

Rudda, mais cuidado com o português: "O lucro líquido das empresas brasileiras (subtraindo as do mercado financeiro) cresceu 62% no primeiro trimestre. No segundo, caiu para 14%." O que significa caiu para 14%?