Gastão Vieira. Mais uma indicação do todo poderoso José Sarney. Entra no lugar de outro indicado por Sarney: Pedro Novais que caiu ontem à noite do Ministério do Turismo. O que faz um coronel ter tanta força no plano nacional? A pergunta não é estranha. Coronel tem poder regional, em seu curral eleitoral. Mas Sarney deve guardar muitos segredos.
Mas pode existir algum maquiavelismo nesta história. Vejamos. Os também cotados eram Manoel Júnior (PB), Marcelo de Castro (PI) e Leonardo Quintão (MG). De longe, o maior poder de fogo eleitoral estaria em Minas Gerais, embora sem padrinhos muito fortes. Quintão já havia sido indicado para ser ministro quando da primeira composição do ministério de Dilma. Se não foi indicado é porque é pedra no sapato da aliança PT-PSDB nas eleições de 2012 (para a capital mineira). Assim, PMDB deve disputar, ao que tudo indica, a prefeitura de BH, concorrendo contra a chapa PT-PSB. O que dá certo fôlego aos tucanos mineiros (que podem valorizar a aliança com a chapa petista-socialista).
Também podemos ter um jogo de cartas marcadas, em que todos torcem para mais um fracasso nas indicações de Sarney. É uma possibilidade remota, mas não seria estranho que Gastão, mesmo tendo nome de sortudo, acabe caindo no início do próximo ano, levando consigo mais um pedaço do poderio dos Sarney. Sem confronto aparente.
Gastão é deputado federal desde 1995. É advogado e atua nas áreas da educação e planejamento (foi secretário de educação e secretário de planejamento do Maranhão, se licenciando da Câmara Federal; além de ser membro de comissões destas duas áreas na Câmara Federal). Foi líder do bloco PMDB-PFL (1988) e vice-líder do PMDB (2005 e 2011).
Um comentário:
Meu caro Rudá, o senador José Sarney encarna à perfeição o tipo do personagem desprezível, sem qualquer linha ideológica, que, em qualquer governo, garante assento privilegiado. São pessoas oportunistas que levantam bandeiras diferentes em troca de benesses. A política, meu caro, está cheia deles.
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