Matéria elaborada por Gilberto Costa (Agência Brasil) destaca estudo de João Carlos Teatini de Souza Climaco (Diretor da EAD da Capes) que revela que os municípios mais ricos do Brasil apresentam redes de ensino com baixo desempenho educacional.
Teatini comparou o PIB per capita das 159
maiores cidades brasileiras (de mais de 150 mil moradores) com o desempenho dos
estudantes medido pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de
2005, 2007 e 2009. Percebeu disparidade entre riqueza produzida e desempenho das escolas dos municípios mais ricos. Vários desses municípios mais ricos priorizam investimento em times de futebol, vôlei e basquete. Segundo ele, a disparidade ocorre inclusive entre os municípios
beneficiados com a atual distribuição de royalties
do petróleo, como é o caso de Campos dos Goytacazes, no norte
fluminense, o terceiro município mais rico em PIB per capita do país, mas cuja nota dos anos
iniciais do ensino fundamental no último Ideb foi 3,2 – abaixo da média
nacional de 4,6.
O estudo reforça o que já parece evidente:
1) As eleições a cada dois anos impelem os gestores a abandonarem investimentos cujos resultados emergem dois mandatos depois;
2) Nossos gestores transformam-se em gerentes de programas conveniados com governos estaduais e federal (dada a concentração do orçamento pública na União), o que diminui sua capacidade de formulação;
3) O sistema de conselhos de gestão pública não conseguem fazer valer suas avaliações sobre políticas públicas locais, isto quando fazem algum monitoramento efetivo.
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