quinta-feira, 30 de maio de 2013

Queda do consumo das famílias pode rebater na política

A queda é significativa e pode abalar os índices de popularidade do governo federal. O gráfico que ilustra esta nota foi produzido pelo IBGE e divulgado ontem. O consumo representa compra de 65% do que se produziu no Brasil no primeiro trimestre.
A má notícia para o governo Dilma se soma ao crescimento pífio do PIB (menos de 1%) e ao boato sobre o bolsa família (que revelou insegurança dos beneficiários, eleitor central do lulismo), criando um panorama ou conjuntura desfavorável em termos de imagem governamental.
Em breve, teremos pesquisas do IBOPE e Datafolha revelando qual o impacto desta conjuntura sobre a avaliação popular a respeito da performance de Dilma. Se revelar queda de popularidade é bem provável que abalará a confiança interna da equipe ministerial. Minha avaliação se relaciona à orientação assumida pela área econômica de diminuir os estímulos ao consumo popular e construir a transição do crescimento pelo consumo para crescimento pelos investimentos (daí, medidas que visam baixar o custo de produção). Ocorre que a economia nacional se segura no vigor da agropecuária e não no desempenho industrial, setor privilegiado pelas medidas governamentais.
O fato é que as medidas tópicas adotadas recentemente podem ter reduzido o ritmo da curva descendente de nossa economia. Mas ela persiste. E a persistência pode abalar a confiança do brasileiro de baixa renda.
A partir daí, restará saber se a oposição conseguirá alterar seu discurso e se apresentar como alternativa mais segura. Algo que, até agora, não parece ter tido competência.

Um comentário:

Anselmo Rocha disse...

Rudá,
como esquecer do crédito rural com juros entre 3% e 6% a.a?, no contexto atual dinheiro "de graça" a agropecuária não dá esse resultado à toa é uma política de Estado.