Sei que em dia de comemoração de atleticanos, comentar economia é anticlímax. Mesmo assim, lá vou eu. Uma das contradições mais estapafúrdias da economia mineira é ser o terceiro PIB brasileiro e ter a 10a média salarial do país. Consultar o salariômetro (ver AQUI ) é um exercício de masoquismo para quem reside aqui, entre as montanhas. Recentemente, fiz uma consulta sobre as médias salariais mineiras em quase todas profissões disponíveis no site: MG aparece abaixo da média salarial em todas.
Bom, mas hoje o Estado de Minas dá uma boa notícia neste panorama ruim. Minas começa a exportar para a China produtos manufaturados. Não só grãos e minério de ferro. O que pode gerar empregos com maior qualificação e, portanto, média salarial maior.
A matéria destaca que os mineiros estão exportando vestuário e produtos da construção civil. Até própolis de uma marca farmacêutica. São produtos que não terão concorrência chinesa, o que é ainda melhor. Um vestido mineiro é vendido nas prateleiras das lojas chinesas por 1,2 mil reais e os biquinis ao redor de 400 a peça.
Minha equipe está desenvolvendo consultorias para governos municipais do circuito das malhas mineiras. Este é o momento chave para os produtores (micro, pequenos e médios). A produção mineira de malhas responde ao redor de 50% dos produtos vendidos nos shoppings cariocas e paulistas, além de MG. Neste momento, Monte Sião colocou sua feira anual nas ruas. As árvores estão envoltas em cachecóis gigantes e a cidade de pouco mais de 20 mil habitantes é uma festa. Ao redor de 25 mil pessoas estarão por lá.
Daí vem a ausência da presença do Estado com mais vigor, definindo estratégias e articulando ações, como ponto negativo.
Que esta notícia não seja somente fogo de palha.
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