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Do ponto de vista político, não o vejo à altura de São Paulo. Não que São Paulo tenha a sorte da Inglaterra em termos políticos. Lá no panteão do Palácio dos Bandeirantes, figuram imagens do Dr. Rui e Jânio, aquele da vassoura. Mas também se destaca Mário Covas e Carvalho Pinto (que introduziu, pelas mãos de Plínio de Arruda Sampaio, a lógica do planejamento na ação governamental).
A questão é que o ataque de Alckmin fez lembrar Serra.
Desconfio que o ataque esconda algo inconfessável. Afinal, há diferença maior entre as personalidades de Alckmin e Aécio? Como afirma Tony Judt, em seu livro "O Chalé da Memória", o oposto da austeridade não é a prosperidade, mas "luxe et volupté". Alckmin estaria como oposto em termos de personalidade, contido e austero, ao hedonismo aecista.
Se ao citar Alckmin a imagem que surge é de um outro personagem (que não ele próprio), ao citar Aécio, o que vem à memória? Se respondeu Rio de Janeiro, festas, mulheres e carros é porque a imagem do senador mineiro não é nada ascética. Você já percebeu o quanto esta imagem incomoda uma personalidade contida e austera?
Pois é. Daí já dá para perceber as dificuldades de momento.
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