É como assistir um filme de nossa vida em ritmo acelerado. Carlos Nelson Coutinho, Flávio Pierrucci, Leonel Itaussu, agora Edmundo Dias, gente que conheci, que tinham paciência para ouvir sociólogos em formação.
Edmundo, além de professor da pós-graduação da UNICAMP quando eu estava no mestrado em ciência política, se envolveu de corpo e alma na construção da CUT, como dirigente da ANDES. Uma vez, lá estava Edmundo, representando a CUT, num início de greve de trabalhadores da Granol, uma indústria de óleo da pequena cidade onde nasci (Tupã. oeste paulista). Era um grande leitor e estudioso de Gramsci, em especial, sobre o conceito gramsciano (um dos conceitos que oxigenaram o marxismo ocidental) de hegemonia.
Faleceu na sexta, mas somente agora fui informado. Também foi uma surpresa saber que havia deixado o PT nos anos 1990 para ingressar no PSTU e a ajudar a Conlutas.
Edmundo vai continuar provocando belas discussões, seja lá onde estiver.
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