sábado, 6 de outubro de 2012

A polarização chavista

Hugo Chávez é o típico personagem que gera paixão. Ódio ou idolatria, dificilmente a racionalidade pauta um dos lados. Nesta semana, Miriam Leitão salvou o Bom Dia Brasil, cuja âncora (Renata Vaconcellos) praticamente declarava derrota de Chávez nas eleições de amanhã. Míriam corrigiu, afirmando que é bem provável que Chávez se reeleja. Renata tentou retomar a nuvem de fumaça, mas o sorriso amarelo já denunciava seu deslize. A grande maioria dos institutos de pesquisa indica vantagem chavista de 10 a 30 pontos. O Instituto Datanálisis indica 10% de vantagem. E foi este o instituto que inspirava Renata.
O fato é que o comício final de Chávez, na quinta-feira passada, atraiu multidões. Alguns anti-chavistas afirmam com dedo em cruz na boca, que eram funcionários públicos obrigados a prestar armas ao comandante. A foto que ilustra esta nota é do tal comício, realizado embaixo de chuva, como se percebe.
As fotos abaixo revelam os comícios finais, de chavistas e dos apoiadores de Capriles, o candidato da oposição. Gigantescos.
É instigante pensar o que faz esta liderança atrair tanta paixão. O estilo é passadista, fortemente marcado por um tipo de populismo militar dos anos 1950 ou 1960. Não inova, a despeito de seu "Socialismo do Século XXI". É isto que pretendo analisar nas próximas postagens.



2 comentários:

Rhay Sousa disse...

Acredito na releição de Chávez, 10% é muita coisa para tirar em dias. Salvo se tiver muitos indecisos. Embora Chávez seja reeleito, a existirá uma oposição mais forte na Venezuela, assim ele terá menos autoridade, no sentido político.

AF Sturt Silva disse...

Assim como sua análise do lulismo é diferente do populismo clássico no Brasil, penso que deixar o chavismo nessa categoria é um erro, tem coisa nova ai...

Alias, não sei se a categoria populismo explica bem os populistas militares da AL.