A revista Veja publica matéria sobre um possível encontro entre Lula e Gilmar Mendes no dia 26 de abril. Teria feito uma proposta: pedia adiamento do julgamento sobre o mensalão em troca de blindagem à Mendes na CPI de Cachoeira. O encontro teria ocorrido no escritório de Nelson Jobim, ex-ministro da Justiça e ex-presidente do STF. Gilmar Mendes teria viajado a Berlim com o senador Demóstenes Torres num avião cedido por Carlos Cachoeira. Lula desejaria que o julgamento sobre o mensalão poderia ficar para depois das eleições de outubro.
A questão que nos cabe é: seria verdade?
É verossímil. Lula é um negociador.Está no seu DNA.
Por outro lado, Veja não é lá uma revista que se pauta pela discrição ou pelo apreço à realidade. A linha editorial é a do espetáculo e ela tenta se projetar como uma notícia em si. Veja quer ser o fato.
Assim, arriscaria dizer que algo ocorreu efetivamente, mas não exatamente como negociação aberta. Uma insinuação. Porque jogador do quilate de quem foi Presidente da República duas vezes e tem um poder quase absoluto sobre o sistema partidária nacional, não se arriscaria a este nível.
Dito isto, Lula e Gilmar Mendes erraram, assim como, em menor medida, Nelson Jobim.
Para que Lula solicitaria uma reunião reservada? E para que um ministro do STF se sujeitaria a ela?
Algo podre no reino da Dinamarca. E a Veja sempre lá, fazendo seu espetáculo que nunca leva a total certeza sobre o que acusa.
6 comentários:
Partindo-se da ideia que seria possível que o ex-Presidente Luiz Inácio fosse capaz de tamanha exposição e indiscrição, podemos nos perguntar: Por que, entre todos os ministros indicados por ele, inclusive o atual Presidente do STF, o relator e o revisor do processo do chamado "Mensalão", Lula escolheria justamente o único ministro com DNA tucano, remanescente da época de FHC? Precisa ser muito ingênuo para se crer numa coisa dessa...
Além do mais, convenhamos: vindo de onde vem a denúncia e através de quem, essa estória se torna mais inverossímil. Vejo apenas mais uma tentativa da quadrilha de "Cachoeira", através do seu principal"braço midiático", para tentar intimidar o PT na CPMI.
Ora, Wanderson. Porque o Gilmar Mendes é o que está com rabo preso. Veja que o Zé Dirceu também teria sido "ingênuo" quando lidou com Roberto Jefferson. É o mesmo erro. Política é risco. E o risco gera erro. Seja sincero: acha mesmo que Lula seria incapaz de tentar uma conversa com Gilmar Mendes? Não digo exatamente com o teor que a Veja sugere. Mas, não sejamos ingênuos...
Não sei o quanto JD "lidou" com RJ, já que só se tem a palavra do RJ e nada mais...Já no caso Gilmar, todos sabemos quem ele é e a quem ele serve, incluindo Lula! De toda forma,a experiência e o bom senso nos adverte que só o fato desse suposto episódio ser noticiado pela mitomaníaca semanal, já deve ser motivo para que não venhamos a dar maiores créditos, além disso, se dos 3 envolvidos, 2 negam o evento...
Por último, a exploração desse suposto episódio só interessa ao crime organizado e seus tentáculos midiáticos que desesperados por causa do iminente "desmascaramento" público, criam factóides como "nuvem de fumaça".
E ainda fica a indagação, que Poder é esse que o Gilmar teria sobre todos os seus colegas do STF, a ponto de se imaginar que até o Joaquim Barbosa (Relator do processo do "mensalão")e conhecidamente "desafeto" de Gilmar,poderia ser influenciado pelo referido magistrado? Essa estória não se sustenta sozinha...
SE não sabe o poder de Gilmar Mendes, consulte a internet. Comece pela universidade que ele tem, cujos colegas são convidados para dar palestras e cursos.
Acho que falta o "motivo".
Rudá, LULA e o PT não tem mais nada a perder com mensalão, cuja fatura política eleitoral já foi mais que paga é como o caso Celso Daniel em Santo André, já se muda o canal!
Maior interessado nisso é a grande imprensa, principalmente VEJA e GLOBO (Época), nada mais, parece notório que estavam com relações mais que indevidas com Cachoeira e Dadá.
Adiro a versão, já que tudo é apenas um versão de lado a lado, de que Gilmar Mendes tá mais preocupado com o que ainda poderá surgir dessas suas relações com Demóstenes e Cachoeira.
Também tenho a opinião que apesar da competência técnica/jurídica acima da média do STF, falta estatura política e ética para GILMAR MENDES ser membro do STF, a própria existência do IDP diz muito...
Abs!
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