domingo, 6 de maio de 2012

Alta gastronomia em evento de massa

Não dá para voltar atrás. Achei uma bela sacada, e educativa, esta história da Galinhada do Alex Atala na Virada Paulista. Socializaram o dom do proprietário do 4o melhor restaurante do mundo. Algo para fazer o brasileiro se orgulhar ainda mais do país. Pode não ter dado tudo certo, mas esta oferta é justamente o papel do Estado que se deseja em nosso país. 
De qualquer maneira, quem não conseguiu chegar lá, basta dar um pulo aqui em BH. Vai ser recompensado com o Comida di Buteco. 


"Alta gastronomia em evento de massa é incontrolável", diz Calil sobre Virada

Natalia Borges Guaratto
Do UOL, em SP


  • Renato Luiz Ferreira/Folhapress
    Centenas de pessoas aguardam em fila abertura da barraca que serviu o prato galinhada do chef paulistano Alex Atala no Minhocao, zona oeste de são Paulo
    Centenas de pessoas aguardam em fila abertura da barraca que serviu o prato galinhada do chef paulistano Alex Atala no Minhocao, zona oeste de são Paulo
Em evento para a imprensa realizado neste domingo (6), os organizadores da Virada Cultural de São Paulo se pronunciaram sobre os problemas e fizeram um balanço prévio do evento. Um dos assuntos comentados foi a Galinhada feita pelo chef Alex Atala, que não atendeu a demanda do público e acabou sendo servida para os primeiros 500 com senha - ou com sorte.

"Alta gastronomia em um evento de massa é incontrolável... A gente aprendeu", comentou o Secretário de Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil. "Existe uma dificuldade em lidar com alta gastronomia em evento de massa. A ideia é muito simpática, muito compatível com a Virada. Esse ano o volume de pessoas era tão grande que a gente não conseguiu montar a estrutura", explicou. 

PÚBLICO ENFRENTA TUMULTO PARA PROVAR PRATO

"A gente teve problema físico, de logística, de montar barraca, arrumar fila porque tinha muita gente em cima do Minhocão. Tanto que a sopa de cebola - programada para ser servida após o prato do Atala - atrasou duas horas", justificou Zé Mauro Gnaspini, diretor de programação do evento. "Mas foi uma experiência interessante, ganhou ares de uma atração popular. As pessoas foram lá para ver. Nosso objetivo era atrair as pessoas para um passeio em cima do Minhocão", disse.

Segurança, limpeza e ambulantes

O secretário também minimizou os problemas de roubos e arrastões ocorridos durante a madrugada.

"Em termos de segurança não tem nada que macule a imagem dessa Virada", disse Gnaspini. "A Virada está sendo tranquila. Infelizmente teve o óbito daquela criança", comentou sobre o caso da jovem de 17 anos que morreu após uma overdose de cocaína durante o evento.

Os números finais de apreensões, ocorrências, lixo e número de participantes deve ser apresentado em evento com o prefeito Gilberto Kassab nesta segunda (7). 
De acordo com Gnaspini, a divulgação de que no evento do ano passado o vinho que estava sendo comercializado ilegalmente nas ruas continha produtos químicos como etanol ajudou a conscientizar a população neste ano, que consumiu menos álcool. "A dificuldade de alimentação e bebidas é que o público fica muito compactado. E é justamente onde o ambulante consegue chegar. Abastecimento em um evento como a Virada é complicado", disse. 

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