PESQUISA MOSTRA PAÍS ENTRE OS PIORES
Segundo especialista, nações que se destacaram no levantamento são aquelas com a cultura da Educação bem inserida na sociedade e valorizam os docentes
A Educação brasileira tem muito a melhorar. A orientação é de especialistas, após a divulgação de um ranking sobre a qualidade do Ensino em que o Brasil figura entre os piores do mundo. A pesquisa, encomendada à consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit), pela Pearson, divulgada ontem, mostra que o país está em penúltimo lugar, em análise que engloba 40 países. A Educação brasileira só perde para a Indonésia, ficando em pior colocação que países vizinhos como a Colômbia, Argentina e Chile, 36º, 35º e 33º, respectivamente. No topo da lista, ficaram Finlândia, Coreia do Sul e Hong Kong. O diretor superintendente de Educação básica da Pearson no Brasil, Mekler Nunes, explica que, apesar do penúltimo lugar, o Brasil ostenta o dado positivo de ter aparecido no ranking. A pesquisa incluiu apenas os países com métricas claras, confiáveis e capazes de serem comparáveis internacionalmente. “Se por um lado é ruim, por outro mostra que estamos fazendo nosso dever de casa na gestão educacional. Esse é o grande passo que toda nação tem de dar.”
Para Nunes, as nações que se destacaram no levantamento são aquelas com a cultura da Educação bem inserida na sociedade e valorizam os Docentes. “O Professor é o agente vital dos processos educacionais. É pelo Professor que a eficácia da aprendizagem é ampliada. Nos países de melhor performance, o profissional tem uma valorização melhor e esse é um dos avanços que precisamos ter.”
O ranking acende mais uma vez o sinal de alerta, de acordo com o coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara. O especialista lembra que, independentemente da metodologia do levantamento, o Brasil precisa se adiantar. “O Brasil está sempre entre os últimos. Em 2040, seremos um país de adultos e idosos e precisa estar bem preparado, com profissionais com boa formação que garantam a capacidade produtiva. A soberania passa pela Educação da geração atual e, nisso, estamos muito mal”. Procurado pela reportagem, o Ministério da Educação não comentou a pesquisa.
Classificação
Cinco melhores
» Finlândia
» Coreia do Sul
» Hong Kong
» Japão
» Cingapura
» Finlândia
» Coreia do Sul
» Hong Kong
» Japão
» Cingapura
Cinco piores
» Indonésia
» Brasil
» México
» Tailândia
» Indonésia
» Brasil
» México
» Tailândia
2 comentários:
Não é por outra razão que o país estuda abrir as portas da nação para profissionais qualificados.
O Mensalão e a ingenuidade do PT
O mensalão passou e deixou atrás de si a realidade. O PT pagou o preço, antes dos demais, e pagou caro pelo esgotamento do modelo eleitoral e político brasileiro que não teve coragem nem vontade de mudar no tempo em podia ter feito.
Caixa dois ou compra de votos no varejo para aprovação no congresso seja lá do que for não importa mais. O fato é que em 1997 quando FHC, junto com a tropa de choque do PSDB, comprou no mesmíssimo congresso a emenda da reeleição ficou clara a eficiência do método mensaleiro.
O método foi refinado em Minas Gerais em 1998, na campanha para Governador deste Estado, pelo candidato do PSDB Eduardo Azeredo no que ficou conhecido como Valerioduto Tucano (clique). Evidentemente que o PT sabia. A questão em política não é não saber; é saber e provar. Esse processo se arrasta até hoje sem que nada tenha ainda acontecido com os fundadores da pedagogia mensaleira.
É claro que o Mensalão do PSDB pouco importa a grande mídia que está mais interessada na sua campanha de desgaste do PT e do Lula. Ingênuo foi o PT imaginar que ainda que fizesse um governo conservador e de pacto com todos os grupos de classe do país, que conseguiria aquilo que na Europa os partidos de esquerda conseguiram, cumplicidade das elites para realizar o projeto das elites.
Lá, as elites não se importam que os partidos de esquerda façam aquilo que se esperava que os conservadores fizessem, pouco importa quem faz desde que faça. Aqui, mesmo com o PT fazendo um governo que recebeu elogio de quem antes o próprio PT condenava, não foi o suficiente. As elites, capitaneada pela velha mídia e seus pseudo intelectuais, lideraram um combate sem quartel contra o metalúrgico analfabeto e seu partido.
O que o PT não entendeu é que no Brasil as elites tem um ódio de classe do povo. Ainda que o PT fizesse um governo ipses literes com os interesses das classes dominantes, e em larga medida fez, o fato é que ele não é da elite. As elites no Brasil são preconceituosas e não esperam que o PT faça aquilo que ela espera que apenas os seus façam. Ao contrário de boa parte do mundo no Brasil o dinheiro tem origem de classe. O PT imaginou que pudesse ter uma procuração que o autorizasse a representar quem nunca quis ser representada por ele.
Aqui mora o imenso amadorismo de quem jamais se esperava isso. O PT foi buscar no fundador do Mensalão tucano o background para fazer em seu governo aquilo que deveria ter sido exterminado numa reforma política e eleitoral que pusesse fim ao financiamento privado de campanha. O PT se deixou esquecer que nada em seu governo seria perdoado ainda que uma cópia das piores coisas feitas em governos passados, especialmente do PSDB.
O erro do PT foi ter feito enormes concessões programáticas imaginando que com isso seria entendido; o PT como uma evolução sem rupturas fazendo melhor para as elites aquilo que os filhos da elite, PSDB?, não conseguiram.
Um pedaço da simbologia do PT foi enterrado no mensalão. Cabe saber se o preço pago pelo partido vai redundar numa adstringência geral do sistema político brasileiro. Ou se significará apenas o esgarçamento da esquerda levado a cabo, a toque de caixa, pela velha mídia, eleita pelos setores conservadores como legitima oposição política no país. Luciano Alvarenga
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