Tenho, para mim, que Lula e Eduardo Campos são as duas lideranças (preservadas as devidas proporções) mais ousadas e clarividentes da política nacional. O restante não parece alcançar este patamar de elaboração e controle político. São conservadores no método de agir (não necessariamente nas propostas que apresentam) e dificilmente surpreendem, o que desgasta ainda mais nosso sistema de representação política, profundamente desgastado.
04/11/2012 - 05h30
Eleitor escolheu petista por desejo de mudança, diz Datafolha
O desejo de mudança foi o principal motivo da eleição de Fernando Haddad (PT) para a Prefeitura de São Paulo. Mas não foi só isso. Suas propostas para as áreas de transportes, saúde e educação, a imagem de um político jovem, honesto e competente, a força do PT e a rejeição a Serra são os outros fatores que, reunidos, levaram Haddad à vitória com 55,57% dos votos válidos.
As informações são de uma pesquisa Datafolha realizada em 29 de outubro, dia seguinte ao segundo turno da eleição municipal.
As referências à inovação do então candidato --é novo na política, pode fazer mudanças, a cidade precisa de renovação, etc.-- somam 23% dos motivos que levaram os eleitores a votar em Haddad.
O fato de Haddad ser do PT foi a razão apontada por 16%. E 11% o escolheram por sua imagem pessoal positiva. Ele foi escolhido por 59% de seus eleitores por causa de suas propostas com a seguinte distribuição: 16% pelas promessas na área de transportes, 15% na área de saúde, 14% na educação e 14% por ter as melhores propostas, sem especificação.
A rejeição a seu adversário no segundo turno, José Serra (PSDB), também não é desprezível: 11% disseram ter votado em Haddad por não querer que Serra fosse eleito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário