sábado, 3 de novembro de 2012
ENEM e a prova de História
Li reclamações de alunos a respeito dos longos enunciados. Acredito ser uma ousadia das mais benéficas sobre o ensino médio. Veja que a lógica das redes sociais é de grande objetividade, opiniões pouco fundamentadas (quase sempre de fundo emocional) e textos curtos. Alunos de universidade (primeiro ano) apresentam grande dificuldade de interpretação de textos. Assim, textos longos e que exigem cotejar um enunciado com outro são salutares para quebrar o "atalho" didático dos cursinhos preparatórios. Veja o caso da questão 13 (veja ilustração, disponibilizada pelo curso Objetivo), sobre violência. Incorpora uma nota de matéria da IstoÉ e um breve texto de Norbert Elias. Elias não é muito lido nem nas universidades (como deveria ser). E o texto deste autor não rema contra a maré do ideário dos jovens. O texto fala de controle social das pulsões, o que não é ideia comum entre jovens. Enfim, a dificuldade me parece muito positiva. Vamos ver o índice de TRI das questões para compreender melhor este impacto.
De certa maneira, o ENEM deste ano parece retomar alguns princípios de quando foi criado (como transdisciplinaridade e situações-problema, e não por área).
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