Acho que entrei na velha Síndrome de Final de Ano. Um sentimento de encerramento de algo que não sei bem o que é. Cabeça com pé no freio, mente voltada para balanço. E eu ainda tenho muito o que fazer. Amanhã estarei em Brasília, fazendo uma análise de conjuntura para o Fórum Nacional de Direitos da Criança e Adolescente, que ocorre no Centro de Convenções Israel Pinheiro, no Lago Sul. Vou transformar minha exposição num texto breve e postarei aqui no blog. Mas, desde já, socializo o gráfico da evolução de taxa de homicídios envolvendo crianças e adolescentes brasileiros. Os dados são muito ruins e o sistema de garantias proposto pelo ECA precisa ser revisado e aberto. Na prática, criou uma espécie de elite da sociedade civil, especializada em temas que deveriam ser a base da politização das famílias e sociedade como um todo. Como afirma Francesco Tonucci, crianças constituem a fração mais vulnerável da sociedade nesta quadra da história da humanidade. As cidades não respeitam suas peculiaridades e já não podem ficar na rua brincando, como meus pais e avós (minha geração foi a da transição para o extremo urbanismo enclausurado) experimentaram.
No final de semana estarei em São Paulo, novamente. Reuniões com deputados, com as Escolas da Cidadania da igreja católica, com a diretoria do Sinesp (sindicato de diretores de escolas municipais da capital paulista). No recheio da semana, finalização do primeiro relatório do diagnóstico social de Teófilo Otoni que estamos produzindo para o Conselho de Direitos da Criança e Adolescente daquele município.
Em suma: não entendo por qual motivo entrei numa síndrome que não tem relação alguma com minha agenda.
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