Viviane, Com os cabelos brancos que tenho e minha militância política só se tivesse tomado dois litros de rivotril para me deixar ser conduzido pela Mônica. O problema é que o mensalão foi o momento final da recusa do petismo pelo governo Lula. Para quem é de esquerda como eu, foi o pior momento da vida política de nosso país. E esta história começou muito antes. Eu presenciei e divergi fortemente a essas práticas até que percebi que estava instalado no centro da burocracia partidária. Confesso que caí em profunda depressão e cheguei a amargurar uma síndrome de pânico. Não posso negar, pelos meus filhos, pela história de minha família e pela minha opção ideológica, esta triste quadra da história da nossa esquerda. E peço que você não a compare com a direita. A direita sempre fez isto. O pior, para nós de esquerda, é ver o primeiro partido de massas de esquerda assumir desavergonhadamente este expediente, em nome da tal correlação de forças (que nenhum matemático explica claramente) e do realismo político. O lulismo pagou este pedágio para transformar o PT no partido da ordem. Para meu sofrimento pessoal.
Caro Rudá, Estou escrevendo para parabenizá-lo por sua participação no programa Painel. Assisti-o e fiquei muito feliz com as colocações de vocês convidados. Com relação à mediadora, ela é um pouco fraquinha e ainda tinha que agradar o chefe, o que fez com que a condução das discussões não fosse melhor ainda. Sucesso...
Caro Rudá, primeiramente, parabéns pela intervenção no GNews! O amigo falou de uma "ojeriza" à democracia participativa por parte do Governo Lula (sobretudo do segundo governo) e que teria "muitos exemplos práticos" para comprovar este isolamento. Gostaria que o amigo disponibilizasse maiores informações sobre este comentário. Porque oportunas, estas informações serão bem vindas para o enriquecimento de um pequeno texto a ser elaborado sobre o tema democracia participativa. Obrigado! marcodepaula@hotmail.com
Caro Rudá: em primeiro lugar, parabéns pela intervenção no GNews! O amigo comentou sobre uma "ojeriza" do governo Lula (sobretudo o segundo) à democracia participativa, e que teria "muitos exemplos práticos" para comprovar este (ululante)isolamento. Gostaria que o amigo Rudá desenvolvesse ou ao menos fornecesse uma fonte de onde eu pudesse colher maiores informações sobre este comentário. Grato! Marco Aurélio - marcodepaula@hotmail.com
Marco Aurélio, Antes de mais nada, quero me auto-denunciar: fiz uma barbeiragem e deletei o comentário de Viviane. Não sei como recuperar. Mas a minha resposta fica aí, para provar que ela postou. Quanto à sua pergunta, o caso mais evidente é o que citei naquele programa da Globo News. Havia um acordo com redes e fóruns sociais e o governo Lula para que o Plano Plurianual (PPA) fosse discutido abertamente com a população. No primeiro ano de governo, ocorreram audiências públicas nas capitais do país. Mas absolutamente burocratizadas: o governo enviava o texto-base que era discutido por 200 pessoas aprovadas ou não com antecedência pelo governo. Em um dia, ocorria a tal audiência. Mas a parte da manhã era dedicada a discursos oficiais. Por 2 horas apenas, os 200 comentavam a proposta e faziam adendos. Sabe o que ocorreu? Nenhuma proposta surgida nas audiências foi incluída. Os ambientalistas foram os que mais denunciaram esta manobra. Pois bem, no segundo governo, Paulo Bernardo vetou as audiências públicas. Outro caso é o do Talher, vinculado ao Fome Zero. Leia o livro de Ivo Poletto, Brasil:Oportunidades Perdidas, que relata como o governo Lula desmonto este projeto de gestão participativa e deu lugar ao Bolsa Família. Poletto era da equipe de Frei Betto e os dois pediram demissão porque não conseguiam lidar com o centralismo do lulismo. Poderia relatar muitos outros fatos e posturas do lulismo. Mas esses dois já ilustram bem.
Fico em parte satisfeito com a resposta. Muito obrigado! Gostaria de saber mais sobre os demais fatos. Deixo o meu email para tanto, se for este o caso. Mais uma vez, obrigado! marcodepaula@hotmail.com
7 comentários:
Viviane,
Com os cabelos brancos que tenho e minha militância política só se tivesse tomado dois litros de rivotril para me deixar ser conduzido pela Mônica.
O problema é que o mensalão foi o momento final da recusa do petismo pelo governo Lula. Para quem é de esquerda como eu, foi o pior momento da vida política de nosso país. E esta história começou muito antes. Eu presenciei e divergi fortemente a essas práticas até que percebi que estava instalado no centro da burocracia partidária. Confesso que caí em profunda depressão e cheguei a amargurar uma síndrome de pânico. Não posso negar, pelos meus filhos, pela história de minha família e pela minha opção ideológica, esta triste quadra da história da nossa esquerda. E peço que você não a compare com a direita. A direita sempre fez isto. O pior, para nós de esquerda, é ver o primeiro partido de massas de esquerda assumir desavergonhadamente este expediente, em nome da tal correlação de forças (que nenhum matemático explica claramente) e do realismo político.
O lulismo pagou este pedágio para transformar o PT no partido da ordem. Para meu sofrimento pessoal.
Caro Rudá,
Estou escrevendo para parabenizá-lo por sua participação no programa Painel. Assisti-o e fiquei muito feliz com as colocações de vocês convidados. Com relação à mediadora, ela é um pouco fraquinha e ainda tinha que agradar o chefe, o que fez com que a condução das discussões não fosse melhor ainda.
Sucesso...
Caro Rudá,
primeiramente, parabéns pela intervenção no GNews!
O amigo falou de uma "ojeriza" à democracia participativa por parte do Governo Lula (sobretudo do segundo governo) e que teria "muitos exemplos práticos" para comprovar este isolamento.
Gostaria que o amigo disponibilizasse maiores informações sobre este comentário.
Porque oportunas, estas informações serão bem vindas para o enriquecimento de um pequeno texto a ser elaborado sobre o tema democracia participativa.
Obrigado!
marcodepaula@hotmail.com
Caro Rudá:
em primeiro lugar, parabéns pela intervenção no GNews!
O amigo comentou sobre uma "ojeriza" do governo Lula (sobretudo o segundo) à democracia participativa, e que teria "muitos exemplos práticos" para comprovar este (ululante)isolamento.
Gostaria que o amigo Rudá desenvolvesse ou ao menos fornecesse uma fonte de onde eu pudesse colher maiores informações sobre este comentário.
Grato!
Marco Aurélio - marcodepaula@hotmail.com
Marco Aurélio,
Antes de mais nada, quero me auto-denunciar: fiz uma barbeiragem e deletei o comentário de Viviane. Não sei como recuperar. Mas a minha resposta fica aí, para provar que ela postou.
Quanto à sua pergunta, o caso mais evidente é o que citei naquele programa da Globo News. Havia um acordo com redes e fóruns sociais e o governo Lula para que o Plano Plurianual (PPA) fosse discutido abertamente com a população. No primeiro ano de governo, ocorreram audiências públicas nas capitais do país. Mas absolutamente burocratizadas: o governo enviava o texto-base que era discutido por 200 pessoas aprovadas ou não com antecedência pelo governo. Em um dia, ocorria a tal audiência. Mas a parte da manhã era dedicada a discursos oficiais. Por 2 horas apenas, os 200 comentavam a proposta e faziam adendos. Sabe o que ocorreu? Nenhuma proposta surgida nas audiências foi incluída. Os ambientalistas foram os que mais denunciaram esta manobra. Pois bem, no segundo governo, Paulo Bernardo vetou as audiências públicas.
Outro caso é o do Talher, vinculado ao Fome Zero. Leia o livro de Ivo Poletto, Brasil:Oportunidades Perdidas, que relata como o governo Lula desmonto este projeto de gestão participativa e deu lugar ao Bolsa Família. Poletto era da equipe de Frei Betto e os dois pediram demissão porque não conseguiam lidar com o centralismo do lulismo.
Poderia relatar muitos outros fatos e posturas do lulismo. Mas esses dois já ilustram bem.
Fico em parte satisfeito com a resposta. Muito obrigado!
Gostaria de saber mais sobre os demais fatos.
Deixo o meu email para tanto, se for este o caso.
Mais uma vez, obrigado!
marcodepaula@hotmail.com
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