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O jornal O Globo é o primeiro jornal impresso da grande imprensa (não especializado em economia) a destacar, em chamada de capa, o tema da Nova Classe Média brasileira. Na página 25, abertura do caderno de economia, uma página inteira dedicada ao novo perfil, em especial, da classe C (cuja renda familiar mensal varia entre 1.115 e 4.807 reais). Um box revela como empresas estão adotando pesquisas antropológicas para mapear hábitos destes novos consumidores forazes. Cita o programa "Living it", adotado pela Procter & Gamble, em que seus pesquisadores residem por três dias para a casa do consumidor, para compreender como ele come, veste, fala e lida com novidades do mercado. Já sabem que assinam, cada vez mais, TV a cabo, compram carros e acessam lojas de conveniência com frequência, comem "snacks"(como Elma Cips) e adoram redes sociais e reality shows. Um dos marketeiros entrevistados afirma: "a elite não serve mais como modelo".
O mais interessante é perceber que comerciantes que ascenderam a esta nova classe mantém estratégias de sobrevivência para alimenar os negócios: entre comprar um produto para sua loja e passar fome, não têm dúvidas, ficam com a primeira opção.
Volto a afirmar: a grande imprensa terá, logo, que alterar sua linha editorial ou mesmo mudar o perfil de seus editores.
Um comentário:
Olá Rudá!
Hoje, o jornal Zero Hora do RS também dedicou a capa principal para a matéria "A vez da classe c", no caderno Dinheiro. A classe C é a fatia que possui a maior massa de renda entre as demais classes (R$397,8 bi) contra R$ 294,1 da classe A. Abraço, Fernando
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