segunda-feira, 27 de junho de 2011

O conceito de cidade criativa


Um dos conceitos instigantes da atualidade nos estudos sobre cidades é o de cidades criativas. A criatividade, no caso, é concebida como algo transversal à economia e sociedade, motor de potencial criativo nas economias atuais. Alguns autores sugerem um conceito mais restrito às “atividades criativas”. O fato é que é comum, nesta linha analítica, a articulação entre vitalidade, criatividade e competitividade urbanas para descrever fenômenos desta natureza.
Novamente, disseminação de informações, envolvimento cívico participativo, construção conjunta de estratégias coletivas, processos descentralizados, cooperação público-público (cooperação vertical e horizontal) e sistemas de monitoramento contínuo aparecem como elementos centrais de motivação e sustentação da criatividade urbana. Como afirmam João Seixas e Pedro Costa (da Universidade de Lisboa e do Instituto Universitário de Lisboa):
Os “bairros criativos” são valorizados pelo seu elevado capital simbólico, pela forte componente cultural, e ainda pelas vertentes do turismo e da boemia. Os espaços alternativos/emergentes são ocupados por classes sociais ou grupos que detêm uma elevada diferenciação (artistas, imigrantes), e na maioria das situações existem em espaços intersticiais/expectantes da cidade institucional e urbanística, com rendas baixas.

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