As festas juninas remontam às festividades dos povos arianos e os romanos. Na Idade Média, a festa foi cristianizada. Surgem neste momento os santos padroeiros vinculados às mudanças de estação: Santo Antônio, São João e São Pedro. Os rituais ligados ao fogo (balões, fogueira, foguetes)
passaram a significar um ataque aos demônios. A partir de meados da década de 1970, as festas juninas começaram a ser introduzidas nas escolas paulistas.
Um dos textos que mais me impressionaram a respeito foi um breve ensaio escrito por Carlos Rodrigues Brandão em que relacionava o ciclo da colheita às festas juninas. O Santo casamenteiro aparecia, assim, como o padroeiro vinculado à colheita, ou seja, só se casava a partir da fartura da colheita e daí emergir o padroeiro do casamento. Junho é o mês logo após as colheitas clássicas da agricultura familiar das regiões do centro-sul do país.
Entender a complexidade cultural de nosso país exige esta articulação entre natureza, religiosidade e interesses grupais.
Um comentário:
Muito interessante!!
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