Uma (no caso, duas) imagem vale mais que mil palavras. Muito oportunos esses dados. Na minha modesta opinião de não-especialista, ontem, com o lançamento pelo governo do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, a Presidente Dilma fez um dos discursos mais deturpados, menos técnicos, mais ideológicos, desde que ocupou o posto: associou a luta contra a miséria, cuja prioridade ninguém questiona, com a necessidade de produzir mais alimento ("Temos “190 milhões de razões” para fortalecer agropecuária e produção de alimentos"). A associação está longe de ser evidente. Primeiro, o próprio relator especial da ONU para o direito ao alimento diz que não falta alimento, mas que o problema é racionalizar o uso da terra (distribuir) e, entre outras coisas, voltar-se para o mercado interno. Segundo, e como mostram os dados deste post, parece que o aumento na produção de "alimento" aqui produzido visa a exportação e não o consumo interno (até porque, se não estou errado, já temos autonomia alimentar assegurada). Em resumo, Dilma utiliza-se da luta contra a miséria para "esconder" o apoio ao modelo agroindustrial exportador e concentrador de terras. Resta saber se isso é o mais desejável e o melhor para o país.
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Uma (no caso, duas) imagem vale mais que mil palavras.
Muito oportunos esses dados.
Na minha modesta opinião de não-especialista, ontem, com o lançamento pelo governo do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012, a Presidente Dilma fez um dos discursos mais deturpados, menos técnicos, mais ideológicos, desde que ocupou o posto: associou a luta contra a miséria, cuja prioridade ninguém questiona, com a necessidade de produzir mais alimento ("Temos “190 milhões de razões” para fortalecer agropecuária e produção de alimentos").
A associação está longe de ser evidente.
Primeiro, o próprio relator especial da ONU para o direito ao alimento diz que não falta alimento, mas que o problema é racionalizar o uso da terra (distribuir) e, entre outras coisas, voltar-se para o mercado interno.
Segundo, e como mostram os dados deste post, parece que o aumento na produção de "alimento" aqui produzido visa a exportação e não o consumo interno (até porque, se não estou errado, já temos autonomia alimentar assegurada).
Em resumo, Dilma utiliza-se da luta contra a miséria para "esconder" o apoio ao modelo agroindustrial exportador e concentrador de terras.
Resta saber se isso é o mais desejável e o melhor para o país.
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