quinta-feira, 9 de junho de 2011

Falecimento de Jorge Semprún


Um dos livros mais impactantes da minha juventude foi Autobiografía de Federico Sánchez, memórias de Jorge Semprún. Era um livro que teve impacto semelhante ao "O Que é Isso, Companheiro?", de Fernando Gabeira.
Semprún já havia escrito um livro sobre o exílio da Guerra Civil Espanhola (Adiós luz de Veranos). Neto do político conservador Antonio Maura (presidente do governo com Alfonso XIII), era um exilado eterno, expulso do partido comunista. Sua mãe morreu antes dos seus 8 anos. Em 1943, um ano após ingressar no Partido Comunista Espanhol, foi preso e torturado por ser membro da Resistência ao Nazismo. Deportado, foi para o campo de concentração de Buchenwald. Com o fim da guerra, dedicou-se à militância comunista com o nome de guerra de Federico Sánchez. Seu espírito libertário acabou por gerar sua expulsão do PCE, em 1964, juntamente com Fernando Claudín (que se
opuseram á liderança comunista de Dolores Ibárruri e Santiago Carrillo). Foi Ministro da Cultura da Espanha entre 1988 e 1991.
Semprún faleceu em Paris. Tinha 87 anos.

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