segunda-feira, 20 de junho de 2011
80 anos de FHC
Realmente não parece ter 80 anos. Fala com segurança. A entrevista à Folha de São Paulo publicada ontem demonstra claramente sua lucidez política. Tenta afirmar que é mais intelectual que político. Parece polir seu currículo, o que faz da sua recente militância pela regulamentação do uso de drogas leves um carro-chefe.
Que balanço pode ser feito de sua atuação como político?
1) Teve sorte. Quase caiu nos braços de Collor, mas foi contido por Mario Covas. Era cotado para ser chanceler e demonstrava interesse publicamente. Finalmente, se tornou ministro de Itamar. E se cercou de economistas brilhantes e engajados. Daí por diante, foi colher frutos;
2) Mas não teve a sorte e a ousadia de Lula. Ficou preso nas sucessivas crises internacionais (Rússia, México, Argentina, sudeste asiático). Naufragou no segundo mandato. Poucos querem lembrar que o risco-Brasil havia explodido no final da sua gestão e a inflação batia às portas;
3) Tem razão ao afirmar que não foi neoliberal. Não foi mesmo. Foi uma derivação, uma mescla de social-democracia com neoliberalismo, que no Reino Unido ganhou a alcunha de Nova Gestão Pública. Aqui foi apelidado de Estado Gerencial. Por didatismo ou algo mais, a oposição quer rotular sem grande rigor teórico;
4) Acertou em relação ao seu último texto em que afirma que ao PSDB resta tentar envolver a nova classe média. Exagerou ao utilizar o conceito de povão. Não se conteve. FHC é vaidoso ao extremo. Não consegue engolir o destino da sua biografia e a de Lula como governantes. Terá sido um dos Presidentes do Brasil. Aquele que atacou a inflação. Lula será muito mais que isto.
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9 comentários:
A vaidade de FHC faz com que ele não consiga fazer auto-crítica e reconhecer o tamanho do seu governo e sua principal bandeira: controle da inflação e estabilidade da moeda.Como Lula também fez isso, agregando políticas sociais, desenvolvimento sustentável, respeito internacional e nacional, melhoria da auto-estima de brasileiros, ficou mais difícil a comparação.
Depois de Lula ele sempre terá o contraponto. E aí, FHC se desespera e perde o tino.
Antes, fazia comparações com o Governo Collor e Sarney.
Assim não dá, assim não dá!
Há três dias que site de O GLOBO,mantém sua entrevista no ar. Queridíssimo pela grande mídia.Por que será???
Rudá,
O que faltou para FHC ser considerado um neoliberal?
Ele implementou diversas medidas liberalizantes: abertura financeira, comercial, redução da participação do Estado na economia, privatizações, etc.
Abs
Fred
Esquecemos de mencionar, em seu "brilhante" curriculum, que vendeu seu país, entregando empresas estatais valiosas, a preço de banana, a quadrilheiros endinheirados,para gáudio e lucro de seus amigos e, quiçá, para seu próprio.Brilhantemente, também,tentou entregar aos EUA uma parte do território nacional, mais exatamente, a base de Alcântara e adjacências, pretendendo, assim, contribuir, intelectual lúcido que é, para o aperfeiçoamento das pesquisas aeroespaciais...norte-americanas. Não podemos esquecer, também, de mais uma de suas notáveis achegas, dessa vez, ao árduo campo da Economia Política: suas tratativas de inserção do Brasil à ALCA, o que reduziria nosso país à condição de mero apêndice da economia norte-americana. Dotado de rara percepção política, condecorou com a Ordem do Cruzeiro do Sul, máxima comenda nacional, outro, também grande, estadista latino-americano: o assasssino e ladrão Alberto Fugimori, pai da pátria da República do Peru, que, durante anos, massacrou os opositores de seu regime de terror, para benefício de iluminados salteadores das riquezas peruanas. FHC, notável e sensitivo diplomata, fazia questão de que os representantes nacionais, como seu chanceler, à época, Celso Lafer, seguissem, rigorosamente, preceitos políticos e culturais de povos amigos, como por exemplo, os dos norte-americanos, que exigiam de altos funcionários brasileiros, em missão oficial nos EUA, que retirassem seus sapatos, para o devido e necessário exame, por parte dos meganhas encarregados da segurança aeroportuária daquele país irmão. Fernando Henrique Cardoso, por tudo isso e muito mais, ficará guardado para sempre na memória nacional (para que outro igual a ele nunca mais nos governe), merecedor, outrossim, de um lugar garantido na lata de lixo de nossa história.
Esquecemos de mencionar, em seu "brilhante" curriculum, que vendeu seu país, entregando empresas estatais valiosas, a preço de banana, a quadrilheiros endinheirados,para gáudio e lucro de seus amigos e, quiçá, para seu próprio.Brilhantemente, também,tentou entregar aos EUA uma parte do território nacional, mais exatamente, a base de Alcântara e adjacências, pretendendo, assim, contribuir, intelectual lúcido que é, para o aperfeiçoamento das pesquisas aeroespaciais...norte-americanas. Não podemos esquecer, também, de mais uma de suas notáveis achegas, dessa vez, ao árduo campo da Economia Política: suas tratativas de inserção do Brasil à ALCA, o que reduziria nosso país à condição de mero apêndice da economia norte-americana. Dotado de rara percepção política, condecorou com a Ordem do Cruzeiro do Sul, máxima comenda nacional, outro, também grande, estadista latino-americano: o assasssino e ladrão Alberto Fugimori, pai da pátria da República do Peru, que, durante anos, massacrou os opositores de seu regime de terror, para benefício de iluminados salteadores das riquezas peruanas. FHC, notável e sensitivo diplomata, fazia questão de que os representantes nacionais, como seu chanceler, à época, Celso Lafer, seguissem, rigorosamente, preceitos políticos e culturais de povos amigos, como por exemplo, os dos norte-americanos, que exigiam de altos funcionários brasileiros, em missão oficial nos EUA, que retirassem seus sapatos, para o devido e necessário exame, por parte dos meganhas encarregados da segurança aeroportuária daquele país irmão. Fernando Henrique Cardoso, por tudo isso e muito mais, ficará guardado para sempre na memória nacional (para que outro igual a ele nunca mais nos governe), merecedor, outrossim, de um lugar garantido na lata de lixo de nossa história.
Revista da “ditabranda” de 19 a 25 de junho de 2011:
FHC: – ‘A felicidade e mais 80 anos de trabalho pelo Brasil. Nessa altura da minha vida não preciso de nada que seja material.!
Revista Piaui de agosto de 2007:
FHC: – ‘“Em restaurantes em Buenos Aires sou aplaudido quando entro. É que eu traí os interesses da pátria, então eles me adoram.”
…
O sentimento falso de superioridade, do FHC, só o faz, como ele sempre fez, enganar, mentir, esnobar e ser um sociólogo que não quer saber da realidade social do seu país!
Fred,
A agenda neoliberal é bem nítida, mas pouco estudada no Brasil. Virou chavão. Lula também adotou mecanismos neoliberais. Suplicy propõe a tal renda mínima que foi defendida por Friedman. Lula não aceitou nenhum mecanismo de controle social e propôs que o SUS fosse dirigido por fundações e OS. Nem por isto é considerado neoliberal. Mas FHC introduziu declaradamente a agenda da Nova Gestão Pública (que veio do Reino Unido e Nova Zelândia e incorpora elementos neoliberais e social-democratas). Aí um certo esquerdismo prefere rotular de vez que é neoliberal. O que me assusta é a falta de rigor e uma certa banalização das discussões sobre políticas públicas em nosso país. Dilma está adotando nitidamente a mesma agenda (veja a privatização dos aeroportos), mas os críticos de FHC não utilizam o mesmo diapasão para criticá-la.
"... certo esquerdismo...", "...falta de rigor...", "...banalização das discussões...", por que será que essas fórmulas "críticas", aparecem, também, com tanta frequência, nos escritos de notórios corifeus da direita?
Marcos,
Seria pedir muito que você escrevesse em português? Não entendi nada.
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