segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Escolhas de um político


Sempre ouvi que o problema de um político não é a forma como entra num cargo, mas como sai. A saída revela sua verdadeira dimensão política.
Vejam a nota que foi publicada, hoje, na imprensa mineira:
Um dos expoentes do PT em Minas Gerais trilhou caminho exatamente inverso ao geralmente observado entre integrantes de partidos vencedores das eleições presidenciais. Em vez de esperar por cargos, o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Patrus Ananias, indicado vice-governador na chapa encabeçada pelo senador Hélio Costa (PMDB) na disputa pelo Palácio da Liberdade em outubro, preferiu reassumir o cargo que obteve por concurso na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, e desde 1º de dezembro cumpre jornada de trabalho de oito horas como técnico de pesquisa na Casa.

4 comentários:

GS disse...

Com meu voto retorna à política nas eleições municipais vindouras.

Rudá Ricci disse...

Desde que pisei aqui em MG, Patrus me pareceu o político mineiro mais confiável. Seu governo foi o mais petista aqui nestas terras. Mas ele erra muito. Não percebe que este jeito franciscano não constrói política coletiva. Ele é o foco da atenção, não o projeto, nem sua corrente ou o partido. É ele o centro. Acompanhando este estilo, Patrus dificilmente entra numa disputa. A exceção foi o PED. Mas saiu derrotado porque não sabe disputar. "O uso do cachimbo entorta a boca." Enfim, não existe política sem jogo coletivo (política vem do grego politae e significa organização social e não personagem principal). Confesso que começo a achar que ele representa uma fase do PT que não voltará mais.

GS disse...

Resta-nos o Pimentel?

Rudá Ricci disse...

Acho que a situação é mais complicada do que trocar Patrus por Pimentel. Aliás, é tudo o que Pimentel deseja que petista pense. O PT não nasceu para idolatrar. Estar coisa de seguir líder é para ET que chega à Terra. A questão central é refundar o partido. Ele está desmantelado em MG. Até onde sei, os diretórios do partido nunca funcionaram. Filiado e militante seguem os tais líderes, quase sempre parlamentares. Veja a desgração do PT em Montes Claros, a ilustraçào mais cabal de todas. De um lado, seguidores de Virgílio e Rogério Correia; de outro, seguidores de Reginaldo e Pimentel. É assim que se apresentam. Isto é independência? Capacidade de formulação? Isto tem nome: feudo.