sábado, 15 de janeiro de 2011

Alguns dados sobre o crime organizado


Leio o livro Assalto ao Poder, de Carlos Amorim. Farto em informações, embora frágil na análise. O autor pende à cantilena conservadora e crítica fácil ao "pessoal liberal". Mas vamos lá:
1) A tese de Carlos Amorim é que vivemos uma guerra de baixo impacto, termo empregado pela ONU para conflitos que resultam em pelo menos 15 mil mortos por ano. Amorim apresenta os dados: 56 mil homicídios ao ano, sendo 40% mortes violentas, concentradas em brasileiros entre 12 e 29 anos de idade;
2) Metade das mortes a bala é considerada execução sumária, vinculada a disputa no tráfico de drogas e acerto de conta entre gangues;
3) As facções mais importantes (para o autor) são: Comando Vermelho (RJ) e Primeiro Comando da Capital (SP). Deles, nasceram o Comando Vermelho do Nordeste (CVNordeste), que cuida das plantações de maconha na região em que está instalado; o PCC Interior (atuando no tráfico no interior de SP e Mato Grosso); Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade (CRBC, que atua nos presídios); a Organização da Plataforma Armada (OPA, que controla o tráfico em Salvador); o Terceiro Comando da Capital (3CC) e a Sociedade Anônima (S.A., que reúne presos independentes das organização mais poderosas);
4) Amorim afirma que David Spencer, ex-militante do MIR e FMLN, que atuou no sequestro de Abílio Diniz em 1989, teria ensinado membros do PCC presos com ele no Carandiru, a construir centrais telefônicas imperceptíveis à segurança dos presídios.

3 comentários:

AF Sturt Silva disse...

Ficou confuso para mim.O cara é liberal ou critica o pesamento liberal?

Sobre os prisoneiros comuns e os politicos - não vejo muitas diferenças entre eles,porém é certo que houve, e ainda há, sim a mistura e o trabalho em conjunto ,em diversas oportunidades, onde a situação exigia como na ditadura militar brasileria e na colômbia - que vive um regime, no minimo, repressor e autoritario,para não chamar aquilo lá de um estado totalitário.
Sobre esse dado que vc colocou sobre luta armada politica e o crime organizado dos capitalistas,acho que não é relevante para a situação do crime organizado que temos hoje.

Rudá Ricci disse...

Liberal, no caso, é o modo como os norte-americanos chamam os militantes progressistas. Acho que não tem correspondência no Brasil. Não se confunde com liberalismo.
Você acha que não há diferença entre prisioneiros comuns e políticos? Sério?
O fato é que houve relação entre luta armada e facções do tráfico. Há muitos relatos a respeito de como houve troca de informações e conhecimentos nos porões das prisões brasileiras nos anos 1970.

AF Sturt Silva disse...

O, não tinha visto essa resposta.

Uai,o prisoneiro, seja ele político ou social, é só privado de sua liberdade por que é um perigo para a estabilidade do regime atual.

Assim eles são vítimas de um sistema.

A esquerda estaduninse é liberal,é isso?

Mas então qual é a diferença entre liberalismo e liberal?

Aqueles que vê defede estado mínimo não são pessoas liberais?

Mas ainda não respondeu minha pergunta: Ele é da tradição do liberalismo ou crítica essa?