Entre a pesquisa de fevereiro e a de março, o Datafolha aumentou substancialmente o número de bairros consultados em São Paulo – mantendo a mesma quantidade em outros estados. Teoricamente, pode não ter influência no resultado, se a ponderação, o peso de São Paulo na pesquisa, permanecer o mesmo.
Os pontos que precisamos discutir:
1. Porque ampliou o universo de pesquisa em São Paulo? Havia alguma razão objetiva para fazê-lo, sendo que as maiores dúvidas sobre Serra se concentravam no sul? Mas seria bom saber quais razões. Ou teria sido a pressa em montar a pesquisa para o lançamento da candidatura Serra que fez reduzir, antes, o universo pesquisado?É possível que haja razões técnicas, não estou pré-julgando.
2. Que tipo de interferência essa mudança da amostragem pode ter sobre o resultado final? Aumenta a margem para eventual manipulação de resultados? É possível descartar bairros onde a votação não favoreça o candidato da Folha? Que tipo de auditoria é feita para garantir a lisura dos procedimentos. Os questionários são numerados para evitar descarte?
3. Afinal, saíram os dados detalhados da surpreendente pesquisa extraordinária feita pelo Datafolha – que colidiu com os resultados de todos os demais institutos?
2) A surpresa para Raul Jungmann
A avaliação da “surpresa” é do deputado Raul Jungmann (PPS-PE). Para o deputado, a “primeira surpresa” aconteceu na pesquisa Datafolha feita nos dias 25 e 26 de março, quando o tucano José Serra, com 36% das intenções de voto, abriu 9 pontos de diferença em relação à petista Dilma Rousseff – 27% das intenções de voto. O levantamento anterior, de 24 e 25 de fevereiro, havia registrado 32% para Serra e 28% para Dilma.
Enfim, estamos todos perdidos. Como poderemos fazer análises a partir desta confusão geral?
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