quinta-feira, 1 de abril de 2010

Isto é Suplicy (2)


Uma outra historinha rápida a respeito de Suplicy. Em 1990, coordenei a primeira parte da campanha à governador de Plínio de Arruda Sampaio (em SP), pelo PT. Não foi uma campanha fácil. Faltava dinheiro com o confisco da poupança feita por Collor. Suplicy era o candidato a senador e viajava conosco pelo interior. Um dia, fomos até Ribeirão Preto. Era um dia muito frio. No meio da viagem, paramos num posto de gasolina para reabastecer o carro. Todos ficamos no carro, devido ao frio. Menos Suplicy, que se levantou e ficou em pé, ao lado do carro, olhando para todos os lados. Eu olhei para Plínio meio que perguntando o que ocorria. Plínio disse: "vamos aprender com ele... não se tem tanto voto à toa". Não deu outra. Na porta de vidro do restaurante do posto começou a se aglomerar muita gente. Cada vez mais, apontando para Suplicy. Uma senhora, acompanhada do seu possível marido, de dentro do restaurante, veio andando rápido para nossa direção. Deu até para ver ela mexendo os lábios e falando "é o Suplicy...". A mulher acelerou o passo e estava tão empolgada que não viu a porta de vidro e se estatelou no chão. Plínio se virou para mim e disse: "viu?".

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