segunda-feira, 12 de abril de 2010
Rio de Janeiro: o ultra-conservadorismo a espreita
O blog recebeu um pedido para analisar a crise do RJ para além da ótica da catástrofe natural. Como não tenho dados suficientes para esta análise, sugiro uma visita à entrevista da jornalista e ativista social Naomi Klein (aqui) sobre como lideranças conservadoras se apropriam do que denomina de "teoria do choque". Em outras palavras, como políticas anti-populares são adotadas tendo como pano de fundo uma crise e caos. Sinto que a crise no RJ pode dar vazão a certo pragmatismo conservador. Cheguei a ver Astrid Fontenelle, em seu programa "Happy Hour" exigir ação enérgica e uso da força para desalojar imediatamente as populações pobres. O coronel da defesa civil, presente no programa, pedia calma e bom senso, mas a apresentadora parecia descontrolada, em nome da falta de educação dos pobres e favelados. Desconfio de ações espetaculares em época de eleição. Por qual motivo não se produziu e respeitou um Plano Diretor que coibisse uma verdadeira indústria de especulação imobiliária? Parte desta tragédia não teria relação com um acordo populista entre autoridades públicas e o submundo, criando vista grossa a tudo o que fosse transgressão? O RJ não teria oficializado o jeitinho?
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Um comentário:
Conversando c uma niteroiense q mora próximo ao Morro do Bumba, ela diz que o cheiro de gás é insuportavel!
Como isso nunca foi sentido antes?
Bem, prefiro ficar com a forma simplória do povão: o poder público trabalhou p os ricos e esqueceu os pobres. Fora o "submundo" complexo, que requer um plano nacional.
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