domingo, 4 de maio de 2008
Educação no Brasil: quantidade ou qualidade?
O tema já é batido entre educadores. O Brasil conseguiu, nos anos 90, colocar quase todas crianças e adolescentes em idade escolar no ensino fundamental. O índice oficial está acima de 95%. Mas a qualidade despencou, por motivos muito complexos. O primeiro deles é que as regiões pobres tiveram seus filhos ingressando nas escolas que, até então, eram dirigidas para filhos da classe média. O currículo, como já dizia Bordieu, é culturalmente viciado pelos hábitos pouco populares, dificultando a compreensão dos códigos pelos filhos da pobreza brasileira. Os professores também não se formaram para atuar numa situação de educação de massas. Para piorar, seria fundamental que as escolas pudessem criar estímulos (inclusive visuais) para a imersão em um mundo mais multifacetado, complexo e plural do que o encontrado nas comunidades de origem dos alunos. Alunos com poucos estímulos visuais para a escrita, reduzem seu vínculo com a escrita em comparação com aqueles onde o estímulo é frequente e intenso. O fato é que relatório da UNESCO informa que apenas 53,8% das crianças brasileiras matriculadas na escola terminam a 8a série (dado de 2005). Uma situação pior que a de 1999, quando 61% concluíam o ensino fundamental.
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Um comentário:
Quando os próprios professores precisam ser ensinados a ensinar e os os governantes a governar, será que existe uma alternativa de solução que não dependa diretamente da ação da sociedade?
Luísa
http://odiaehoje.blogspot.com/
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