segunda-feira, 26 de maio de 2008
Viagem à luta armada: o livro
Uma leitura tensa. Segundo Franklin Martins, "convém afivelar o cinto de segurança" para ler este livro. Uma viagem pelos anos de chumbo. Clemente, nome de guerra de Carlos Eugênio, autor do livro, é o guia da viagem. Ele entrou na luta com 17 anos (quando ingressou na ALN) e participou da luta armada no Brasil entre 1966 e 1973. Ainda segundo Franklin Martins:
"Não existem muitas pessoas que, por sua experiência direta, tenham conhecido o cotidiano e as entranhas da luta armada desde o seu começo até o fim. As quedas nas organizações revolucionárias, como a ALN, o Colina, a VPR, o MR-8, a VAR- Palmares, o MRT, a Rede etc., sucediam-se com tal rapidez, que seus dirigentes mal tinham tempo para esquentar as cadeiras. Por isso mesmo, os que sobreviveram, geralmente, só podem falar com segurança sobre períodos muito curtos. Raríssimos são aqueles que puderam formar urna visão completa do processo, desde a época em que o sonho da luta armada supunha-se invencível até os estertores da guerrilha urbana, quando os militantes morriam como moscas, e o ódio e o desespero assumiram o lugar da esperança e da certeza no futuro. Carlos Eugênio é um deles."
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