sábado, 31 de maio de 2008

"Maio de 68 criou um mundo esquizofrênico"


Estou muito impressionado com a leitura do livro da família Glucksmann (ver nota, abaixo) sobre Maio de 68. O centro da crítica é que o movimento jovem libertário criou uma sociedade autônoma e desconfiada do poder público que se divorciou do Estado. Avaliam que criou uma sociedade esquizofrênica, que mudou o comportamento social, mas não a estrutura de poder estatal e partidário. Atacam duramente Miterrand, como um embuste, que teria tomado decisões autocráticas a respeito da política externa, em especial, nas relações com Ruanda. Sarkozy, para estes libertários (68 foi crítica à esquerda e à direita, lembremos), uma neo-direita ou pós-direita, estaria repondo os dois lados da moeda, atacando o hiper-individualismo e a autocracia estatal. Uma linha de argumentação que se aproxima do último livro publicado por Wanderley Guilherme dos Santos ("O Paradoxo de Rousseau").

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