sábado, 9 de abril de 2011
Seminário de Políticas Públicas do CRP-SP
Falei ontem à noite na abertura do Seminário Regional de Políticas Públicas organizado pelo Conselho Regional de Psicologia de São Paulo. Admiro como este conselho vem se dedicando à qualificar sua intervenção pública, não apenas na defesa de interesses corporativos, mas na direção da democratização do Estado e na relevância social das políticas públicas. Fiz uma longa exposição sobre a característica da burocracia pública brasileira e das críticas que surgiram em nosso país a esta estrutura - da direita à esquerda - nos anos 1990. Em seguida, apresentei as proposições de sua superação: agenda neoliberal, Estado Gerencial e modelos de democracia deliberativa (espaços estatais colegiados e híbridos, como os conselhos de gestão pública). Ao final, ingressei na estrutura fordista montada por Lula, que diminui sobremaneira os sistemas efetivos de controle social sobre políticas públicas e cria uma forte tutela estatal sobre a sociedade civil.
O debate foi excelente. Fiquei muito empolgado. Há muito o que fazer. E os psicólogos têm papel fundamental, porque é uma categoria que consegue aliar a identidade individual com a coletiva. E não preciso relembrar as tragédias desta semana para sabermos o quanto esta categoria tem a colaborar em pensar os direitos civis e coletivos em nosso país.
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