sábado, 30 de abril de 2011

Já prá casa, Delúbio!


A direção nacional do PT aceitou a refiliação de Delúbio. Ok. Mas fica a dúvida: o que ele acrescenta ao partido? Ou a pergunta seria: o que ele dificultaria estando de fora?
Porque ninguém em sã consciência imagina que sua recondução ao partido é uma premiação ao bom senso e seria festejada por quem não é petista. Mesmo boa parte dos petistas deve engolir seco. Pelo twitter li um post que dizia: "agora vem o PIG para criticar a volta do Delúbio". Ora, tal vaticínio é uma defesa, não? A grande imprensa simplesmente vai ignorar esta notícia? Ou vai elogiar? É uma espécie de tapa com luva de aço, não?
Daí a pergunta: o que Delúbio acrescenta de tão importante ao partido?
E logo quando Dutra deixa a direção do partido, magoado por não ter galgado um cargo de projeção no governo Dilma. E substituído pelo duríssimo Rui Falcão, com quem Dilma tem diferenças sérias.

7 comentários:

Anônimo disse...

A pergunta caro professor, vsa irá desferir Golpes na Cabeça do PT pelo retorno da mancha anti-ética dos quadros? Por Vsa ser do PT, como ficará qdo um tucano atacar essa nova "pegada"?

Rudá Ricci disse...

Wagner,
eu não desfiro golpes. Já se passou minha fase de judoca. Eu faço análises e socializo minhas experiências. Minha intenção é não deixar o leitor sem uma reflexão crítica, muito menos na penumbra. Os segredos partidários são anti-democráticos. Por mais que os dirigentes acreditem o contrário. Há muito militante transformado em militonto neste país.

Hugo Albuquerque disse...

É a típica manobra inexplicável. O partido não ganha nada mesmo, ao contrário, só perde com isso - e não é pouco. Preocupantes essas manobras todas dessa semana, o pessoal anda abusando da crise na oposição...

SENÔ BEZERRA disse...

Rudá o Pt é quase uma massa amorfa, que terá o mesmo fim de outros partidos. Essas lideranças sucumbirão mais dia ,meno dia;e esse processo é natural, devido ao desgaste que eles provocam em si mesmos, por conta de tomada de posições contrárias à ética, à moral, à justiça e à democracia.Delúbio é um fascínora.

lucrecio barato disse...

A palavra etica surge na Grécia antiga, como; casa do homen(ethos) quem julga o Delúbio em nome da ética pessoal,è o verdadeiro antiético fala pelos cotovelos sem conhecimento de causa.Antes de chegar á tesouraria do PT,ele foi um combativo dirigente sindical da educação de Goias e da CUT,fez greves organizou atos públicos contra a ordem do passado, Foi condenado por erros administrativos, superfaturados pela imprença burguesa(PIG) e agora volta legitimado pela sua história.BEM VINDO DELÚBIO, O CHORO É LIVRE!!

Rudá Ricci disse...

Lucrécio,
Eu conheci Delúbio de perto. Fui assessor nacional da CUT quando ele dirigia a central. Era muito conhecido por toda assessoria e dirigentes. Muito conhecido. Acho realmente generoso de sua parte defender o cara. Mas me parece que você nunca foi da cúpula partidária como eu fui.
Aproveito para lhe informar que imprensa é com S e não com Ç. Nada que seja muito grave. O conteúdo que escreveu tem mais falhas que a forma.

Januário Diniz Dell Isola disse...

É duro ter que admitir, dói, mas receio que já fui um “militolo”. Se é que ainda não sou. Nestes tempos em que o lulismo faz e acontece, minha expectativa com a esquerda progressista quase que se esgotou.
Me permita voltar um pouco no tempo, ante os memoráveis sonetos delubianos que hoje voltam a compor a trilha musical petista.
Era 1989. Lula, candidato à presidência. Erundina, prefeita da cidade de São Paulo. Eu e outros tantos, fazíamos o “PT na rua”. Campanha eleitoral.
Usávamos um carrinho de som que, para se movimentar, tinha que contar com o vigor físico de seus colaboradores. Ele ficava, invariavelmente, estacionado numa garagem próxima à Praça João Mendes. Seis vezes por semana, pegávamos o carrinho e lá nos dirigíamos pra Praça da Sé, Ramos, República e o que mais viesse.
Num desses dias, próximo ao Fórum João Mendes, empurrando o carrinho de campanha, avisto um camelô em sua barraquinha de frutas com uma faixa eleitoral do PT pendurada nela. Fazia alusão à dobradinha dos candidatos proporcionais, Zé Dirceu e Luiz Gushiken. Acenei um sinal de positivo para o ambulante que mais do que depressa passou a se justificar, dizendo que, “olha, eu já paguei a contribuição”. Pela reação dele, era patente que ele estava “molhando” a mão de alguém ligado aos candidatos. A antiga Regional da Sé, atual subprefeitura, fiscalizava a área em que aquele camelô vendia seus produtos, que por sinal era administrada por pessoas simpáticas politicamente ao “companheiro” José Dirceu. Pano rápido.
Delúbio sempre contou com a benção dos capas pretas petistas. É como disse o “nosso” frei Betto, não faz muito tempo: “Obrigado. Lula!”