segunda-feira, 4 de abril de 2011

BNDES: um banco mundial


As notícias dos financiamentos do BNDES pululam.
Uma delas, bem recente:
Um protocolo celebrado entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) facilitará o financiamento de estudos na área de bioenergia em países em desenvolvimento. Os primeiros beneficiados serão países da África Ocidental, via União Econômica e Monetária do Oeste Africano (Uemoa), formada pelo Benin, Burkina Fasso, Costa do Marfim, Guiné-Bissau, Mali, Níger, Senegal e Togo. De acordo com a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), outras regiões do mundo demonstraram interesse, como a América Central.

Outra, do ano passado:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deve oferecer à indústria da América Latina e da África linhas de financiamento para compras de máquinas e bens de capital iguais às oferecidas a empresas nacionais. Segundo o presidente, a expansão da linha de crédito está em estudo e deve aumentar a exportação de máquinas nacionais para países dos dois blocos. "Nós queremos expandir para os países da América Latina, América Central e África as mesmas condições de financiamento do Finame (linha do BNDES) existentes no Brasil para ajudar o País a vender suas máquinas para os países com quem temos fronteira", diz o presidente, ressaltando em tom de brincadeira que países africanos também fazem fronteira com o Brasil. O Finame é uma linha de crédito específica para o financiamento de investimentos de fábricas em equipamentos para melhoria de sua produção. Em 2008, durante a crise econômica mundial, o prazo máximo de pagamento dos empréstimos do Finame foi estendido de cinco para dez anos.

Foram 61 bilhões de reais que financiaram 27 países da África e América Latina (incluindo Líbia e Irã). O valor é divulgado na coluna de hoje de Cláudio Humberto. Confesso que não dou muito crédito para este jornalista. Ele raramente checa suas informações. Mas vale a investigação.
O fato é que teremos que conviver com tais notícias, na medida em que assumimos as responsabilidades de país-potência.

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