quarta-feira, 16 de março de 2011

Pesquisa IBOPE revela rejeição à nova CPMF

Matéria divulgada no jornal O Estado de S. Paulo, no dia 16 de março, sobre estudo sobre a CPMF:
Setenta e dois por cento dos brasileiros são contra a recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para o financiamento da Saúde no País, de acordo com a pesquisa "Retratos da Sociedade Brasileira: Qualidade dos serviços públicos e tributação", divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o levantamento realizado em parceria com o IBOPE, 20% das pessoas entrevistadas são a favor do retorno do tributo. O restante não soube ou não respondeu. Apesar da grande maioria ser contrária à medida, apenas 37% dos entrevistados souberam responder o que é a CPMF. Segundo a CNI, o conhecimento é menor entre os mais jovens, os com menor escolaridade, os com menor nível de renda e os residentes na região Nordeste. O levantamento também mostra que a maior parte da população brasileira não somente é contra a recriação da CPMF como também não gostaria do aumento de qualquer outro imposto para melhoria da saúde.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que não entrará no "Fla-Flu" sobre a discussão da necessidade da recriação do CPMF.

Minha opinião
CPMF é a única forma de tributar renda com transparência até aqui adotada pelo governo. A pesquisa revela como o discurso empresarial anti-tributos vem ganhando espaço nesta seara.

Um comentário:

Raphael Tsavkko Garcia disse...

O Brasil é um país engraçado, por aqui rico quase não paga imposto, quem paga é a classe média, que luta para sobreviver.

É um contrasenso que em um país em que o nível de renda vem subindo e que muitos tenham chegado até a classe média seja proposto mais um imposto para lhes prejudicar.

Não tenho preconceitos contra a classe média por estes não serem pobres, meu problema é com os conservadores, com os preconceituosos e retrógrados. O problema não é a renda, mas a exclusão.

Querendo ou não, é em grande parte a classe média que garante emprego pra outros de classes inferiores, e nem por isto estes são ricos bastardos que merecem ser eliminados.

No Brasil parece que quem ganha 4 mil reais - que em São Paulo não é um salário de marajá e nem na maior parte do país - é ser rico, podre de rico, afinal, o imposto de renda deste indivíduo é o mesmo que o milionário e o bilionário. 27,5% de sua renda vai para o leão e, em troca, ele NÃO recebe educação de qualidade, saúde de qualidade, transporte de qualidade....

Tente, com 3.5 ou 4 mil reais colocar dois filhos numa escola de qualidade, num curso de inglês... E ainda conseguir sobreviver. Não é fácil. Claro, com o salário mínimo é impossível, mas não é este o caso. Ao contrário de alguns "Socialistas" eu não defendo o nivelamento por baixo da sociedade.

Aquele que ganha até 2300 reais paga 7% e também não ganha nada disso, não tem qualquer ajuda decente do Estado.

A classe média no Brasil paga os mesmos impostos que a elite mais rica. E ninguém tem intenção alguma de mexer nisso, nem os "Socialistas" do PT. Lula trouxe uma quantidade imensa de trabalhadores para a classe média, e agora estes serão taxados como ricos. E dificilmente terão qualquer retorno a partir daí.

Na verdade, terão mais imposto. Volta a CMPF.

http://tsavkko.blogspot.com/2011/02/defesa-da-cpmf-taxar-rico-jamais.html