O que se ouve em Brasília, pelos corredores dos ministérios, é que o governo atual quer zerar todos restos a pagar e projetos prometidos no ano passado para iniciar um novo governo. Todos, de fora do governo, que ouvem esta notícia ficam surpresos. Não se trata, afinal, de governo de continuidade? O argumento forte é que é preciso diminuir o gasto público. Até o último dia de abril, todos convênios ou contratos com alguma cláusula de restrição (documento não enviado ou não analisado) serão sumariamente cancelados, o que está deixando muitos de cabelo em pé. Mas se passarem por esta peneira, haverá uma segunda, mais complicada: a peneira política. A intenção é realizar, de fato, o corte de 50 bilhões de reais.
Muito estranho. Como será a vida dos prefeitos que tentarão a reeleição no próximo ano? Haverá compensação no segundo semestre ou no início do próximo ano?
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