Uma dezena de ministros já teve algum imbroglio desde o início do governo Dilma: Palocci, Paulo Bernardo, Ana de Hollanda, entre outros. Agora foi a vez do ministro Alfredo Nascimento (Transportes). Não resistiu às acusações de superfaturamento de obras e recebimento de propina envolvendo servidores e órgãos ligados à pasta e pediu demissão do cargo nesta quarta-feira.
O que se pode analisar a respeito? Que o governo de coalizão gera esta situação de dificuldades porque não há aliança consolidada. Veja o caso recente da declaração do Ministro da Defesa, comparando indiretamente o estilo FHC com o de Dilma. Nesta coalizão onde o governismo virou a tônica política da República, o ministro faz o jogo político a partir de sua bancada federal, seu lastro de governalidade. Se o Presidente é muito popular e possui uma base social ampla, consegue se impor neste jogo. Caso contrário, fica numa sinuca de bico.
Cesar Maia afirma (reproduzi esta avaliação neste blog) que Dilma alimentou a grande imprensa (leia-se: revista Veja) com informações que abalaram a sustentabilidade política do ministro dos transportes. Na hipótese de ser verdade, trata-se de mais um fato revelador desta trama complicada que nasce da coalizão presidencialista e do governismo que emergiu no final da gestão Lula.
Um comentário:
Meu caro ,bom dia.Gostaria imensamente de continuar compatilhando teus textos no Facebook.Neste novo espaço não tem como.
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