A edição do jornal Hoje em Dia de ontem revelou que o sindicalista metalúrgico e deputado estadual Luiz Carlos Miranda possui uma fazenda 405 mil reais (foto que ilustra este post). Ele era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa). O Ministério Público do Trabalho abriu processo por acreditar que sindicalistas de Ipatinga teriam recebido favores (como a cessão gratuita de imóveis da Usiminas para o Sindipa) da Usinimas, Unigal e Magnesita, além de descontos ilegais na folha de pagamento e criação de uma lista negra de militantes de base oposicionistas à atual diretoria do sindicato dos metalúrgicos daquela cidade.
Já passa da hora uma ampla investigação da relação íntima dos partidos e sindicatos.
Um comentário:
Mais do que investigar "relação íntima dos partidos e sindicatos", deve-se investigar a relação íntima de dirigentes sindicais pelegos com patrões. O cerne da questão não está na partidarização ou não de um sindicato (claro, aquele partidarização "salutar", em que o dirigente se engaja na luta partidária - não aquela "encastelação", em que o sindicato se limita a representar os interesses dos partidários), e sim na forma de atuação dos sindicatos.
Até porque a ligação de sindicalistas com partidos é normal e, inclusive, correta. Os sindicatos são uma das esferas da política. Não que isso justifique a dominação de sindicatos por partidos, mas também não se pode partir da premissa de que é indesejável essa ligação.
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