sábado, 2 de abril de 2011

Brasil já é mais que emergente... risco?


O risco de deixar de ser emergente
Do Blog de Raquel Landim

O economista Jim O’Neill (foto) publicou ontem uma interessante análise no jornal britânico “The Times”. No artigo, o criador do termo BRIC – Brasil, Índia, Rússia e China – defendeu que esses países deixaram de ser economias emergentes. Ele justifica o argumento dizendo que China e Brasil já estão entre as sete maiores economias do planeta, com os outros dois muito próximos da lista. “É cada vez mais claro para mim que se referir às quatro nações dos Bric como emergentes não faz mais sentido”, escreveu o economista, conforme matéria publicada pela BBC Brasil. (O conteúdo do Times é fechado para assinantes). “Os Bric, junto com alguns outros países, merecem um status diferente de muitos outros que podem ser corretamente classificados como mercados emergentes”, completou. A Goldman Sachs, que é presidida por O’Neill, reclassificou recentemente Brasil, Rússia, China e Índia como “mercados de crescimento” – seja lá o que isso signifique. Nesta categoria também estão Coreia do Sul, Indonésia, México e Turquia.O’Neill ressalta, no entanto, que esses outros países estão “muito longe” dos Bric em termos de importância econômica.
Não interessa a Brasil, China e Índia deixarem de ser considerados países emergentes. Essa mudança de classificação pode significar uma armadilha nos fóruns internacionais. Nas negociações da Organização Mundial de Comércio (OMC), por exemplo, o Brasil vem sendo cobrado a fazer uma ampla abertura de seu mercado industrial, “compatível” com seu novo papel no mundo.

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