segunda-feira, 14 de março de 2011
Dilma e Anastasia: tudo a ver
Dilma terá seu terceiro encontro com governador mineiro na próxima quinta-feira, em Uberaba. O tucano é o governador que ganhou os maiores gestos de simpatia de Dilma Rousseff desde o início do mandato. O tema da reunião, de acordo com a assessoria do governo de Minas Gerais, é a implantação de uma fábrica de amônia e de um gasoduto no Triângulo Mineiro. Anastasia foi voz dissonante na oposição ao sinalizar concordância, no fim de 2010, com a volta da CPMF, como querem governadores da base dilmista.
Interessante. Assim como Aécio montou uma estrutura de gestão próxima à de Lula (Zé Dirceu/Danilo de Castro; Dilma/Anastasia, assim como uma relação muito parecida com o parlamento), Anastasia e Dilma adotam modelos gerenciais muito próximos.
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2 comentários:
Meu caro Rudá, corrija-me se estiver errada. Embora seja pupilo de Aécio Neves, o atual governador de Minas demonstra mais sensibilidade social e elegância na difícil arte de fazer política. Passa a impressão de que, ao contrário do esperado, deseja dar um rosto próprio à sua gestão. Se isso realmente proceder, o estado agradece. Além do mais, até uma crianção sabe que Anastasia pouco tem do político tradicional. É um técnico. Numa palavra, assim como Dilma Rousseff sinaliza que que trabalhar, mostrar a que veio. Não votei nele, provavelmente jamais votarei, apesar de reconhecê-lo, até o momento, melhor que seu antecessor. Quanto a Dilma, na minha opinião surpreende muito positivamente. Ao que tudo indica, também almeja deixar sua marca.
Tenho uma leitura um pouco distinta (não muito). Acho que Dilma não deixará marcas. Ela apenas trabalha com o modelito da classe média intelecualizada. Lula foi novidade, ela fará o arroz com feijão, ou seja, a velha prudência que a classe média tanta aplaude. Ousadia não é algo que emociona a classe média tradicional, já que teme o sobe-e-desce de status. Já Aécio, todos analistas políticos e lideranças que transitam por Brasília afirmam que ele parece bem perdido. Pode ser apenas um momento, assim como ocorre com um jogador. Evidentemente terá novo fôlego até 2014. Mas o problema é que há grande movimentação política na preparação das eleições municipais do próximo ano. E este bonde parece que ele perdeu. Por um motivo (creio): se apoiou no DEM para entrar no nordeste. E o DEM está esvaziando com a saída do Kassab. Fica numa saia justa. Talvez tenha feito uma aposta que se revelou equivocada.
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