quarta-feira, 2 de março de 2011

Dilma aposta na ofensiva de marketing


Era para ser anunciado após o carnaval. Em outras palavras, como dizia Maquiavel, “faça o mal de uma vez e o bem aos poucos”. Antes do carnaval, o corte do orçamento (que deixou governadores e, principalmente, prefeitos, de cabelo em pé). O bem seria anunciado depois do carnaval, com a alma já lavada pela luxúria. Mas o impacto do mal foi de tal monta que a programação foi antecipada. O aumento do bolsa família em até 45,5% (12,9 milhões de famílias atendidas por um valor reajustado que, na soma, chegou a 2,1 bilhões de reais). Mas vem mais pela frente. Dilma anunciará um programa de apoio direto à mulher, parece que no estilo do Banco do Povo (Grameen Bank).
Em suma: aposta no impacto junto à população de baixa renda e isola, mais uma vez, a classe média e grande imprensa. É a mesma lógica do lulismo de sempre. E, novamente, parece apoiada por Maquiavel.

2 comentários:

Euller disse...

A teoria de Maquiavel está sendo bem interpretada, ou seja, tudo para garantir o poder e pode também acrescentar, tudo para garantir a governabilidade. O aumento que foi dado no Bolsa Família foi bem vindo, mas quem é que vive com o menor benefício de R$ 32?? Nossos "representantes" estão de brincadeira com a gente. Quando se fala em aumento salarial para o povo ou de um benefício qualquer todos eles (políticos) contestam e afirmam que que o Estado não tem condições de pagar para o povo o que lhe é de direito. Mas quando o aumento é para eles a história é bem diferente. Peça para algum parlamentar viver com um benefício do governo, que façam essa experiência de sentir na pele o malabarismo que o povo brasileiro faz para o sustento de sua família. As ideias de Maquiavel estão sendo bem aplicadas, pena que a maioria do povo não tem a oportunidade de se conscientizar para contestar...ahhh, mas isso também é uma ideia de Maquiavel: deixar o povo na ignorância para manter o poder. O povo se contenta com quase nada, enquanto quem "dirige" o país não não se satisfaz com muito.
OBS: Já ouviu falar em Etienne de La Boétie?

Euller disse...

Agrade as "minorias", mas não se descuide dos "grandes". Uma reviravolta neste país seria muito bem vinda. Aqui não estamos em uma ditadura ( e nem desejo uma), mas estamos também muito longe de uma democracia ideal.