segunda-feira, 7 de março de 2011
Dificuldades de Dilma
A sorte do governo federal é a dificuldade da oposição em acertar um foco, já que perdeu a capacidade de comunicação social. Também tem na maioria do Congresso uma importante âncora. Mas os problemas de Dilma Rousseff são vários:
a) A incapacidade de Dilma se expor publicamente. É quase uma fobia. Se esforça em falar com paixão (como foi na Bahia). Sai dos eventos apressadamente. Não é do ramo;
b) Inflação e ajuste. O problema é fazer a análise de cada um desses fatores em separado. O ajuste fiscal é muito pesado. E a taxa Selic mina os possíveis ganhos da área social (vide reajuste do PBF). É o inverso do segundo mandato Lula. Os cortes do Minha Casa, Minha Vida deixaram os prefeitos à beira de um ataque de nervos. E cito os petistas (imagine os de outros partidos);
c) As disputas internas no bloco governista são intensas: Marco Maia X Vacarezza (luta de foice, faca, canivete, abajur...) e insatisfação ou manha do PCdoB, só para citar dois emblemáticos;
d) Incapacidade de definir protagonismo político. O governo federal vive com uma pauta retroativa. Não aponta para um futuro nítido.
Enfim, ressalto que a sorte do governo federal está na ausência de uma oposição minimamente consistente.
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2 comentários:
Olá Rudá.
Me chamo Lauri e sou professor de História da rede estadual sucateada de MG.
Em relação a promeira observação: Dilma não é o Lula. Lula andava no meio do povo.Dilma não fará isso e nem é a sua vocação. Aliás, antes de Lula qul outro fez?
Em relação ao minha casa, não houve nenhum corte no orçamneto. Segundo Míriam Belchior, haverá um aumento, se o congresso aprovar, de 1 bilhão de reais.
Lauri,
Em relação à Dilma, acredito que a situação é bem complicada. Ela sofre de agorafobia. Treme ao falar em público. E é um governo de continuidade. A comparação será automática, totalmente diferente de comparar com outros governantes, oposição ao lulismo. Não se engane.
Em relação ao corte do Minha Casa, duvido. Eu já tenho idade suficiente para não acreditar em discurso. Miriam jogou o problema no colo do Congresso, mas o governo cortou as emendas parlamentares. Em suma: trata-se de chantagem ou ajuste fiscal?
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