sábado, 31 de março de 2012

DEM, PPS e Veja.... todos rolaram cachoeira abaixo

A oposição ao lulismo foi fortemente atingida nesses últimos dias. De Demóstenes em Demóstenes: Agripino, a revista Veja e até o ator Stepan Nercessian se viram na lona, de uma hora para outra. Todos envolvidos com o presidiário Carlinhos Cachoeira. Seria apenas falta total de caráter ou de senso moral? Seria devaneios de quem está no topo da cadeia alimentar? Ou se trata de desespero total de membros de uma oposição acantonada que procura alguma migalha para se armar? Eu simplesmente tenho problemas para compreender tal insanidade.
Há toda uma ilógica forma de justificar, como se os adversários fossem titãs e que sem "auxílio externo" seriam esmagados. Algo como uma versão descabida do "para fazer omeletes é preciso quebrar ovos". É isto que denominam de "realismo político"?

8 comentários:

Peroratio disse...

Curioso. Fosse o pessoal da esquerda, estávamos tentando "entender"? Pois eu não estou nem um pouco, mas nem um grama de surpreso. E duvido que sejam só esses. Duvido.

Rudá Ricci disse...

Não seja ingênuo. Há vários Cachoeiras e não se envolvem apenas com a direita. A questão é que arriscam tudo por pouco.

Peroratio disse...

Você não entendeu, entendeu? Que há cachoeira dos dois lados, sei que há e você também. O que eu escrevi foi apenas que, fosse a vez da esquerda, é como se fosse "natural" - mas como é com a "direita", tem que ter uma explicação, como se com eles isso fosse "anormal". Aí, arrematei dizendo que é esse e muito mais. Não me surpreendi nem um pouco.

Rudá Ricci disse...

Não, Peroratio. É justamente o contrário. O normal é ser de direita. Em qualquer país do mundo. O estranho é quando a esquerda, que existe para alterar o padrão, a ordem (desta natureza, injusta), entra nesta história. O anormal é quem deseja mudar acabar enredado nesta lógica predominante, do atalho para o sucesso fácil, de enganação, mentiras, uso do voto.

Peroratio disse...

Ricci, acho que de novo não nos comunicamos: não ve refiro à vez da esquerda no poder. Sei que o normal é a direita lá. Mas você iniciou seu post, que eu comentei, falando da corrupção doida do caso DT e CC, questionando-se sobre a razão dessa "loucura". Aí - e só aí - é que eu perguntei: ora, se fosse a vez da esquerda, estando no poder, corromper-se, será se estaríamos nos perguntando pela razão? O que quis dizer é que me pareceu que a surpresa de sua colocação era o fato de serem eles, DT e CC (direita), quando, o normal (esse final, claro, era inferência minha) seria isso se dar na esquerda, não na direita. Mesmo que esse final não estivesse - por que a necessidade de explicar o que todo mundo sabe que ocorre?

Rudá Ricci disse...

Peroratio,
Eu simplesmente fiz exatamente a pergunta que se questiona se alguém faria: qual a razão para se corromper de maneira tão deslavada e ainda chamar os holofotes para si com este tema? É correr riscos, não? Algo como o serial killer que deixa rastros para montar um jogo com o seu perseguidor. Não há nada de racional nisto, embora estejamos anestesiados e achemos natural. Não é natural, nem para a direita. É algo insano, louco, fora da realidade, brincando com o perigo. Se roubou, por qual motivo atrai para si o perigo de ser descoberto?

Júnior ... D. Eskelsen disse...

Entendi o que Peroratio disse, mas
só na segunda vez que falou que
reparei as aspas no "entender".

O espanto é pelo DT, eu que tenho muito contra o DEM sempre
respeitei o DT pelas declarações e inclusive esses dias esteve no Canal Livre na Band e mandou muito bem nas críticas ao governo. Eu sabia que ele escondia as suas idéias menos populares no programa mas nunca pensei em algo como tudo isso que veio a tona.

Se sujar é normal dos políticos
pois nunca acontece nada então em
seus meios as coisas podem ser explicitas sem que alguém fale algo. Não existe problema pois nunca dá em nada, neste caso está
diferente.

Creio que por essa razão exista alguém muito forte que estava mirando nele, figura forte da oposição, isso já há algum tempo.

Essa pessoa só estava esperando pra
apertar o gatilho e acertar não só
eles mas até gente da imprensa que
atravessava seu caminho.

Alessandra Balbino disse...

Em tempos de cachoeira precisamos ter cuidado para não sermos arrastados pela correnteza. A correnteza da descrença, desesperança; correnteza amoral. A pergunta que não quer calar é a seguinte : Como se realiza uma campanha política no Brasil ? e disso eu tenho alguma experiência ! Passada a fase preliminar que é a escolha de um partido, depois a disputa interna para se oficializado como pré-candidato esse é um detalhe de suma importância, tem pessoas que nem consegue exercer sua pretensão porque não tem "fechamento" com ninguém, e, é claro não consegue se sustentar na nominata (documento que oficializa os nomes dos candidatos); passada essa fase é preciso comprovar a idoneidade perante a justiça criminal federal, estadual e na esfera eleitoral é preciso apurar se não há registro de crime eleitoral ou condenação, feito isso, registro de candidatura na mão, CNPJ da Receita Federal tudo pronto para oficializar o inicio da campanha, ops ! mais esses são os registros públicos da mesma. Agora, como se faz campanha no nosso país ? a pergunta ainda não foi respondida ! Em uma segunda fase e eu considero a mais árdua, é aquela em que o caráter é provado, aonde os jeitinhos vão acontecendo e os "apoiadores" vão surgindo; a esse respeito existem dois tipos clássicos, o primeiro é aquele que chega para apoiar e que vai logo revelando suas intenções : O que que eu vou ganhar com isso ? ou simplesmente dá as cartas dizendo o que quer e, em troca concederá tal apoio ao candidato (a) que a essa altura, está em desespero porque sabe que 90 dias passam depressa e ele precisa alcançar um número expressivo de eleitores ! O segundo tipo é o clássio "empresário", aquele que tem a grana e esta até disposto a apoiar, mas precisa de garantias e aditamentos para que sua empresa passe a fornecer tal produto nas demandas específicas da máquina; tais operações parecem simples, iniciam em mesas, rodas de conversa, pode ser até mesmo em Paris ! não há fronteiras para que se realizem ! O fato é o seguinte : Quem paga as faturas da campanha, afinal é uma cachoeira de despesas : propaganda de todas as espécies, gasolina, recursos humanos (quem vai balançar as bandeiras), gráfica, internet, telefone, totens, bonecos, bicicletas, uniformes de times de futebol, a dentadura, a cadeira de rodas, a prótese... Uma verdadeira cascata de compromissos, que talvez justifiquem os cahoreiras, as deltas, os cabrais e etc. nesse mundão de meu Deus. Ah! espero ter respondido a pergunta, lembra do Capitão Nascimento, sim personagem da ficção de Tropa de Elite II, quando falou assim : "No Brasil, eleição é negócio e o voto é a sua mercadoria mais cara", tem tanta coisa sendo negociada, tem tanto empreiteiro querendo uma casquinha, tanta empresa de medicamentos buscando a "ética de mercado" que é quase impossível nessa correnteza, que os interesses verdadeiros não se afoguem, porque se os portadores de tais interesses encontrarão um sistema viciado e cheio de armadilhas, onde o capital manda, comprando corpos, mentes, caráter e tudo o que estiver a venda e colocando preço no que não está. Vamos estudar sobre o financiamento público de campanha, esse talvez seja o começo da moralidade tão sonhada e um golpe certeiro na moleira da corrupção.